sexta-feira, 26 de julho de 2024

Vizinhos de indústria têxtil em Paraopeba reclamam de ‘cheiro de enxofre’

Líquido com corantes usados para tingir tecidos teria emitido os odores denunciados pela população

Moradores de Paraopeba denunciam um forte odor químico que estaria saindo de uma indústria têxtil que fica no Centro da cidade. Segundo a denúncia, o “cheiro de enxofre” é sentido há quase um mês e estaria afetando, inclusive, a saúde de pessoas que possuem problemas respiratórios.

Empresa alvo da reclamação. Imagem: Reprodução/Google Street View - Itatiaia
Empresa alvo da reclamação. Imagem: Reprodução/Google Street View – Itatiaia

O odor está saindo da fábrica da Tear Têxtil, que fica na avenida Dom Cirilo, e se assemelha a enxofre ou outra substância química muito forte. Indignados com a situação, alguns moradores criaram um grupo no WhatsApp. Segundo relatos, além do incômodo causado pelo cheiro, algumas pessoas que sofrem com doenças respiratórias, como sinusite e bronquite, têm sido ainda mais afetadas. “Tenho sinusite crônica e estou passando muito mal, com dores de cabeça nesses dias devido esse odor horrível”, relata uma moradora, que não será identificada.

A população reclama não só do forte cheiro, mas também de um líquido que estaria saindo da fábrica e correndo por uma rua vizinha. Os moradores afirmam não saber se esse líquido é tóxico.

Empresa e prefeitura se posicionam
A Prefeitura de Paraopeba afirmou que está ciente da situação e explicou que alguns dos corantes usados para tingir tecidos possuem substâncias sulfurosas que teriam sido direcionadas para a Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). A prefeitura acredita que este líquido tenha ficado parado no primeiro tanque de tratamento e, com o calor, acabou causando a emissão dos odores.

Já a Tear Têxtil afirmou que uma equipe técnica está concentrando seus esforços na identificação das prováveis causas para que a emissão de odores seja controlada assim que possível. A empresa ainda pediu desculpas aos moradores e se colocou à disposição.

Fonte: Rádio Itatiaia (Por Célio Ribeiro, Isabella Gouveia)