sábado, 27 de julho de 2024

O humor na publicidade | por Rúvia Donátila

Rir é o melhor remédio! Já dizia o outro. Textos, imagens, fotos montadas, criadas, imagem com IA… estamos amontoados de peças gráficas o tempo todo. A batalha pela atenção do consumidor é travada segundo a segundo, o humor surge como um poderoso aliado.

Mas por que o humor funciona tão bem? A resposta é simples: ele é universal. Uma boa risada tem o poder de unir as pessoas, independentemente de suas diferenças. Quando uma marca consegue fazer seus consumidores sorrirem, ela vende mais do que um produto, mas a resposta imediata de experienciar aquilo que foi pensado, uma memória afetiva que, muitas vezes, supera o próprio valor material do que é ofertado. O humor tem a capacidade de transformar o ordinário em extraordinário. Transforma um anúncio sobre um produto comum em uma narrativa envolvente, que as pessoas não só querem assistir, mas também compartilhar.‌

Mas o humor não vem sem seus desafios. A linha entre o divertido e o de mau gosto é tênue, requer mais do que criatividade, mas sensibilidade e um profundo entendimento do público-alvo. Prova disso, temos a propaganda DELETADA recentemente do perfil do Burguer King: o Kid Bengala. Por mais que as piadas e comparações foram na medida para vender o tamanho do sanduíche em promoção, muitos olhares arregalados, bicos e muxoxos, foram o suficiente para a propaganda cair. Afinal, a última coisa que uma marca quer é virar meme pelos motivos errados.

Em uma era em que a autenticidade é altamente valorizada, é preciso tomar nota de tudo aquilo que pode nos fazer rir, mostrando que por trás de uma campanha há pessoas com senso de humor e uma visão leve da vida. Nem tudo precisa ter a estratégia de para vender, mas uma maneira de conectar, de trazer alegria e – talvez mais importante, de lembrar que, no fim das contas, todos nós apreciamos uma boa risada.O humor na publicidade | por Rúvia Donátila