sábado, 27 de julho de 2024

Homem é preso por injúria racial e se complica depois de acusar militares de roubo

O indivíduo foi identificado como Daniel Soares e apresentava sinais de embriaguez

Um homem foi preso na rodoviária de Sete Lagoas (foto) na última quinta-feira (19/10) após proferir ataques de injúria racial contra um trocador da empresa Turi.

Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, o indivíduo identificado como Daniel Soares, embriagado, solicitou e pagou uma passagem quando, segundo o trocador Paulo Henrique, começou a fazê-lo perguntas sem sentido.

Em determinado momento, Daniel começou a chamar o trocador de “viado”, insistentemente, diante os demais passageiros. A vítima, que se declara homossexual, se sentiu ofendida e, com o testemunho do motorista e dos outros clientes, acionou a polícia. 

 Já no local, um sargento da PM responsável pela ocorrência interpelou o autor, que afirmou que apenas perguntou ao trocador onde o ônibus iria parar porque iria dormir e – no que foi ignorado – o chamou de “viado” e que aquilo era uma “viadagem mesmo”. Disse ainda, que aquele não gostava de “viados” e que “aquele tipo de gente estava aumentando muito”. 

Foi dada voz de prisão por injúria racial ao homem que resistiu à prisão, sendo necessário algemá-lo e dentro da viatura, a utilização de spray pimenta.  Para piorar sua situação, já na Delegacia de Polícia Civil, Daniel Soares acusou os militares de terem o roubado, o que gerou nova ocorrência.

Questionado de quanto dinheiro tinha, ele ficou calado. Durante as buscas pessoais diante à testemunhas, foram encontrados R$ 432,00 em posse do autor, que disse que havia mais dinheiro. Dessa forma, além do crime de injúria racial, o homem também foi enquadrado por calúnia contra os militares.

Desde agosto deste ano, atos ofensivos praticados contra pessoas da comunidade LGBTQIA+ podem ser enquadrados como injúria racial. A decisão foi tomada pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal na sessão virtual concluída nesta segunda-feira (21/8).