Elvis Presley fala sobre a moeda que movimenta a economia local e seus planos para o turismo
Celso Martinelli
O prefeito de Capim Branco, Elvis Presley Moreira Gonçalves (Avante), 44 anos, foi eleito em 2020 com 38,43% dos votos válidos, um total de 2.347 eleitores. Ele fala de parte de suas realizações, dentre elas a criação de uma moeda própria utilizada nas feiras da cidade, o Capim Real, lançada em setembro de 2022. E também do trabalho que vem sendo realizado no bairro Barbosa, que como ele próprio define, é a “Savassi de Capim Branco”, onde seus estabelecimentos leva o melhor da gastronomia local a moradores e visitantes.
O que é o Capim Real?
O Capim Real é um programa que mexe com nossa economia. Capim Branco é conhecido como a cidade dos orgânicos. É muito produtor rural. O objetivo é distribuir renda para as famílias carentes, só que ao invés de dar somente o recurso em dinheiro para cerca de 400 famílias, a gente criou uma moeda própria, regulamentada, para utilização na feira. Nessa feira só tem agricultores de Capim Branco e o pessoal que receber o Capim Real, vai adquirir os produtos na feira com esta moeda, diretamente do produtor. Então a gente fecha um ciclo. O dinheiro fica para as pessoas da cidade e retorna para quem cultiva. Montamos a feira e toda semana ela funciona. Porque, além dos orgânicos, tem também as comidas típicas da cidade com músicos locais, e o Capim Real circulando.
E a população aderiu bem à proposta?
Com certeza. A gente até surpreendeu com o público, porque além das 400 famílias que vão à feira, tem também os visitantes e moradores que não dependem exclusivamente do Capim Real. A população está marcando presença, comprando nossos produtos, se divertindo, dançando e, principalmente, com a participação das crianças. É um projeto muito bacana que atingiu diferentes segmentos da população de Capim Branco.
Hoje a economia de Capim Branco gira em torno de que?
Capim Branco já foi a Cidade do Alho e hoje é conhecida como a “Cidade do Orgânico”. Somos os maiores produtores de orgânicos de Minas Gerais. A gente tem aqui, por exemplo, as fazendas Fito, a Vista Alegre, a Ilma Correia, a Monjolos, dos Gênesis, Bem Viver, dentre outras.
Quem são os compradores?
A venda é direta para o consumidor. Alguns produtores estão em grandes supermercados, como a Fito, que fornece para o Carrefour e outras grandes redes supermercadistas. Mas a venda principal é através do site e que chegou também ao mercado consumidor de Belo Horizonte. Então, a roda está girando e isso é muito bom para a economia local.
Já de olho na reeleição, já que ano que vem tem sucessão municipal?
Em relação à eleição, a gente vai fazer a pesquisa, avaliar como está, ver se a coisa está fluindo bem. Assim vamos entender se estamos ou não no caminho certo. Aí, depois da pesquisa feita, a gente vai avaliar se continua ou não a caminhada. Então, pé no chão, ver se a gente está atendendo primeiro o que a população quer. Porque às vezes, o que pensamos não é o que o povo quer, né? Então, preciso ter essa percepção. Vamos continuar estudando e ouvindo a população.
Qual sua avaliação da segunda edição do Festival do Ora-pro-nóbis, plana comum na região de Capim Branco e utilizada em muitas receitas?
A Prefeitura sempre teve junto do Festival do Ora-pro-nóbis, só que esse ano com um aporte maior em recursos. A intenção é transformar o bairro Barbosa como uma referência do circuito gastronômico e cultural de Capim Branco. Então, a gente tem que dar apoio para atrair mais pessoas para conhecer as belezas do município. E não só pela comida, mas para curtir a cidade, seus pontos turísticos e a nossa acolhida. Hoje falamos que o Barbosa virou a Savassi de Capim Branco (risos). (A Savassi é uma das regiões mais charmosas e frequentadas da capital mineira Belo Horizonte, já que conta com um circuito cultural invejável e excelentes possibilidades de lazer e boa comida. Não bastasse isso, a região também é um convite ao empreendedorismo).
Elvis Presley é prefeito de Capim Branco