sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Com 7.3% de infestação do Aedes aegypti, veja bairros que lideram “ranking” de maiores focos do mosquito em Sete Lagoas

A Secretaria Municipal de Saúde – por meio do Centro de Controle das Arboviroses (dengue, chikungunya e zika vírus), realizou entre os dias 8 e 12 de janeiro, o primeiro LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do mosquito Aedes aegypti) de 2024. O relatório identificou o resultado de 7,3% de infestação geral em todo município, muito acima do preconizado pelo Ministério de Saúde, que é de menos de 1%, situação que justifica a epidemia já constatada na cidade. 

A Prefeitura de Sete Lagoas atua com várias frentes para combater o mosquito transmissor de Dengue, Chikungunya e Zika. Fotos: Assessoria

Os criadouros encontrados continuam sendo dentro dos domicílios, principalmente em bebedouros de animais, vasos e pratos de plantas, tambores e reservatórios de água localizados ao nível do solo, seguidos pelos inservíveis (lixo, garrafas, latas e recipientes plásticos), ralos, calhas e caixa de passagem. “A epidemia de doenças como Dengue e a Chikungunya, infelizmente, já são realidade em Sete Lagoas. Por isso, todos devem ficar atentos e evitar locais com acúmulo de água parada na sua residência. Todos precisam conversar com seus vizinhos e parentes para que façam o mesmo”, alerta Adriano Souza, gerente do Centro de Controle de Arboviroses.

Os bairros com maior infestação são: Montreal, Ondina V. de Oliveira (Cidade de Deus), Jardim Arizona, Santa Luzia, Barreiro de Cima, Belo Vale I, Aeroporto Industrial, Verde Vale, Nossa Senhora do Carmo II, Jardim Europa, Jardim Universitário, Nova Cidade, Emília, Alvorada, Centro, CDI, Nossa Senhora das Graças, Boa Vista, Interlagos II, Orozimbo Macedo, Luxemburgo, Manoa, São Francisco de Assis, Catarina, Monte Carlo, Santa Felicidade, Planalto, Santo Antônio, Bela Vista III, Canaan I, Interlagos I, Jardim Primavera, Esperança, Olinto Alvim, Vila Santa Helena, Cedro Cachoeira, São João I e Bernardo Valadares.

De acordo com dados lançados no Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), Sete Lagoas registrou 1.689 notificações de casos suspeitos de Dengue e Chikungunya nas duas primeiras semanas de janeiro. Na primeira semana de 2024 (31 de dezembro a 6 de janeiro) o município teve 356 notificações de suspeita de Chikungunya, 217 notificações de casos suspeitos de dengue, e duas notificações de zika. Na segunda semana (7 a 13 de janeiro) foram 746 de Chikungunya e 375 de Dengue. Até o momento são 386 casos confirmados de Chikungunya e 47 de Dengue. “São doenças graves, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que podem provocar sérias complicações de saúde e até morte”, ressalta Adriano Marcos.

O período chuvoso é quando o Aedes aegypti encontra as melhores condições para se reproduzir, por ser a época mais propicia ao acumulo de água parada. Além de manter os quintais limpos, ou seja, livre de objetos que possam acumular água e servir de criadouros para o mosquito, as pessoas que apresentarem dois ou mais de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor no corpo, nas juntas ou abdominal devem procurar a unidade de saúde mais próxima da sua casa.

COMBATE

 A Prefeitura de Sete Lagoas atua com várias frentes para combater o mosquito transmissor de Dengue, Chikungunya e Zika. São ações como os mutirões de limpeza, atuação de equipes com o fumacê costal, visitas domiciliares dos agentes de endemias e campanhas de conscientização. Outro ponto que merece destaque é o trabalho intersetorial do Comitê de Controle da Dengue, uma reunião de vários departamentos da administração que lida diretamente com situações de risco identificadas previamente. Uma novidade será a utilização do veículo fumacê a partir da próxima semana. 

Confira outras dicas:

• Mantenha os tambores sempre tampados, é um dos criadouros que mais encontra foco do mosquito em nosso município;

• Retire os pratinhos dos vasos de plantas ou coloque areia neles e não deixe que água se acumule nas folhas das plantas;

• Lave as vasilhas de água dos seus animais domésticos semanalmente com água, bucha e sabão.

• Verifique se há algum ralo entupido ou caixa de passagem na casa e mantenha todos fechados quando estiverem fora de uso.

• Retire folhas e outros tipos de sujeira que impeçam o fluxo da água nas calhas;

• Mantenha a caixa d’água sempre limpa e tampada;

• Guarde as garrafas e baldes vazios de cabeça para baixo, galões, tonéis e latas devem ser mantidos vedados.

• Pneus devem ser guardados em locais cobertos, onde não fiquem expostos a chuva;

• Limpe sempre as bandejas de geladeira, umidificador e do ar-condicionado, retirando a água acumulada;

• Se você tem piscina em casa, limpe-a semanalmente e aplique cloro.

• Evite acumular lixo e entulho no quintal. Na hora do descarte feche bem os sacos e mantenha a lixeira tampada;

• Puxe com rodo qualquer poça d’água acumulada sobre lajes sem telhado.

Mais informações na Gerência do Controle da Dengue (3771-6532) ou através do Disque-Dengue (160).