Filho do ex-delegado Hudson Maldonado se pronuncia após enterro do pai, em Sete Lagoas: suspeito está sendo procurado

Na última quarta-feira (22/05), o ex-delegado e advogado Hudson Maldonado, de 86 anos, foi brutalmente assassinado em sua residência no bairro CDI, Sete Lagoas. O crime, cercado de crueldade, foi revelado em um boletim de ocorrência ao qual o portal 7Dias News teve acesso, incluindo imagens do suspeito.

O filho de Hudson Maldonado, o Delegado da Polícia Civil de Brasil (DF), Hudson Maldonado Junior se manifestou logo após o enterro do pai, ocorrido na tarde desta quinta-feira em Sete Lagoas. Confira:

Hudson Maldonado Junior, Delegado da Polícia Civil em Brasília (DF)

De acordo com o boletim, por volta de 12h, o autor do crime rendeu a cuidadora do idoso, declarando: “Meu problema é com ele que está me devendo há dezoito anos!”. O homem teria se identificado como entregador de farmácia.

 O principal suspeito, conforme apurado pela redação, é um ex-investigador da Polícia Civil que foi expulso da corporação há 18 anos após processo judicial motivado por denúncia de Hudson Maldonado junto à Corregedoria da Polícia Civil – na época já aposentado como delegado.

 A Polícia Civil confirmou que identificou o possível suspeito, o ex-policial civil, e que trabalha com a possível linha de investigação “a sua exclusão dos quadros da instituição por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) face a prática de transgressão disciplinar de natureza grave, bem caracterizado como crime do art. 317 do Código Penal (corrupção passiva)”, consta em nota enviada pela corporação.

Hudsoh Maldonado foi queimado vivo por desafeto

Assessoria informou ainda que a suposta motivação do crime se deve ao fato da vítima ter tido participação ativa no processo administrativo. “Todos os esforços são empreendidos visando localizar o envolvido”, ressalta a Civil. O caso continua sendo apurado.

DETALHES DA OCORRÊNCIA

  • Primeiros socorros e descoberta do corpo
    A polícia foi acionada via Copom e, ao chegar ao local, encontrou a residência em chamas. A cuidadora, identificada como L.C.N., informou que o Dr. Hudson estava no interior. Os militares entraram na casa e contiveram o fogo, descobrindo o corpo de Hudson Maldonado queimado sobre a cama.
  • Acionamento de equipes
    O SAMU e o Corpo de Bombeiros foram chamados, confirmando o óbito. A perícia identificou vestígios de substância análoga a gasolina e uma caixa de papelão vazia sobre um móvel.
  • Testemunha e suspeito
    L.C.N. relatou que o suspeito se apresentou como entregador e, após ameaças, entrou na residência e a obrigou a abrir o portão. O autor, descrito como um homem de cerca de 40 anos, pardo, com aproximadamente 1,80m de altura, usava um capacete e portava uma garrafa similar a desinfetante e uma faca tipo facão. Ele fugiu em uma motocicleta pequena.
  • Movimentação e isolamento
    A polícia isolou o local para a perícia, que coletou câmeras de monitoramento e outros vestígios. A esposa da vítima, B.S.S., compareceu ao local e relatou a condição de saúde de Hudson, que estava em reabilitação após um derrame e era acompanhado por cuidadoras 24 horas por dia. À PM, a companheira do delegado disse ainda que o marido não tinha desavenças com ninguém nem sofria ameaças.
  • Investigação e prisão
    Durante a operação, foram recuperados dois celulares roubados e várias testemunhas foram ouvidas. A polícia está conduzindo uma investigação aprofundada para confirmar a identidade e motivação do autor.