Mineirão 50%. E o sucesso da segurança na final entre São Paulo e Palmeiras, hein!? | por Chico Maia

Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da Polícia Militar de Minas Gerais, foi coordenador-adjunto da Defesa Civil do estado. A PM e demais forças de segurança mostraram, mais uma vez, que é possível a presença de duas torcidas nos estádios (Foto: facebook.com/sicoobcoopemg)

Segurança nos estádios: quando tudo corre bem, quase ninguém fala nada

Pena que os dirigentes do Atlético e do Cruzeiro prefiram “celebrar” acordos ridículos para que só tenhamos torcida única nos clássicos.

Os dois clubes paulistas decidiram a Supercopa do Brasil no Mineirão, com 50% do estádio para cada torcida, sem nenhuma ocorrência de violência.  E olhe que era um jogo considerado explosivo, não só pelos antecedentes entre as torcidas deles, mas também porque no dia anterior houve um Atlético x Cruzeiro na cidade, e há parcerias entre “organizadas” mineiras e paulistas: alvinegros com verdes; azuis com tricolores.

Para não dizer que não houve nenhum “BO”, houve sim: uma janela do ônibus do Palmeiras foi quebrada por uma garrafa arremessada, quando a delegação chegava ao hotel, na Savassi. Mas o criminoso foi preso na hora pela PM.

Pois é! Quando os dirigentes têm interesse eles agem e evitam ou diminuem os problemas. No caso, foi só acionar as forças de segurança de Minas que elas sabem como fazer e dão conta do recado quando devidamente acionadas. Especialmente a Polícia Militar, repetiu operação semelhante a que foi feita quando Cruzeiro e Estudiantes decidiram a Libertadores de 2009 no Mineirão.

A partir de Extrema, na divisa de Minas com São Paulo, viaturas escoltaram os ônibus dos torcedores até a capital mineira.

Nenhum incidente nos postos de combustíveis e restaurantes da BR. Nada de confusão em Belo Horizonte, nem no Mineirão, onde a segurança privada foi reforçada, por iniciativa dos dirigentes.

Nota 10 para as nossas Polícias Militar e Civil. No caso da PM, saudações ao Cel. Flávio Godinho, diretor de Operações da corporação. Foi coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas. Já passou por todo tipo de situação complicada, sabe lidar com todo tipo de gente. Preparado, tipo os melhores zagueiros: sabe sair jogando, mas “chega junto” quando necessário.

Vale lembrar que, mesmo com torcida única na Arena MRV na noite anterior, houve incidentes de violência e vítimas da inoperância da segurança do estádio.