Erguendo-se acima dos telhados coloniais e ladeiras históricas de Diamantina, o Alto do Cruzeiro oferece uma das vistas mais simbólicas da cidade. Localizado no topo de uma elevação rochosa, o mirante natural guarda não só um cruzeiro — símbolo religioso comum nas cidades mineiras —, mas também um cenário de contemplação que sintetiza o encontro entre natureza, fé e patrimônio.
Fotografado por Helenilton Pinheiro, o local mostra sua força estética e espiritual: do alto da montanha, vê-se boa parte do casario da cidade tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO, além das montanhas que circundam o município e compõem a paisagem do Espinhaço.
O Alto do Cruzeiro não é apenas ponto de parada para turistas. É também lugar de caminhada, de encontros silenciosos e de festividades religiosas, como a tradicional Procissão do Senhor dos Passos. Sua cruz de madeira, simples e solitária, ergue-se sobre pedras que guardam histórias de séculos.
Como chegar
Diamantina está localizada a cerca de 300 km de Belo Horizonte e a aproximadamente 360 km de Sete Lagoas. O trajeto principal se dá pela BR-040 até Curvelo, e, em seguida, pela BR-135 e MG-220, em uma rota que oferece boas condições de tráfego e paisagens variadas — de campos abertos a formações rochosas que antecipam a chegada ao alto sertão mineiro.
O Alto do Cruzeiro pode ser alcançado a pé a partir do centro histórico da cidade, por meio de uma caminhada curta, porém íngreme. O esforço é recompensado pela vista panorâmica e pela atmosfera silenciosa e introspectiva que o local oferece. Para quem visita Diamantina, é uma parada quase obrigatória — seja para admirar o pôr do sol, fazer fotos, ou simplesmente observar o tempo passar entre montanhas e sinos.
Patrimônio e turismo
Integrado ao circuito histórico e natural da cidade, o mirante contribui para a vocação turística de Diamantina. A cidade, berço de personalidades como Juscelino Kubitschek e lar de festas populares como a Vesperata, combina natureza e cultura como poucas no estado. O Alto do Cruzeiro é, nesse contexto, um mirante privilegiado para compreender a geografia afetiva de Minas Gerais.
