Um dos maiores do esporte brasileiro, Bebeto de Freitas estaria completando 74 anos, hoje
Paulo Roberto de Freitas foi um grande jogador e treinador de vôlei, campeão de tudo, no Brasil e na Itália, técnico da seleção brasileira da “geração de prata”, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Em 1999 topou o desafio proposto por Alexandre Kalil e trocou o vôlei pelo futebol, se tornando diretor executivo do Atlético. E como em tudo que fazia, foi brilhante, participando da montagem e da campanha do time vice-campeão brasileiro, que perdeu a final para o Corinthians.
Em 2003 outro desafio gigante: foi eleito presidente do Botafogo que acabava de ser rebaixado para a Série B. Ficou até 2008, depois de reestruturar o clube, retornar à Série A e conquistar o Campeonato Carioca de 2006. Em 2017, atendeu outro chamado de Alexandre Kalil, para assumir a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer da prefeitura de Belo Horizonte, onde ficou até o início de 2018, quando foi chamado por Sérgio Sette Câmara para assumir a diretoria administrativa do Atlético.
Infelizmente, um infarto interrompeu essa belíssima trajetória profissional e de vida, no dia 13 de março de 2018, aos 68 anos. Ele estava trabalhando, num evento na Cidade do Galo, e nem com toda a pronta assistência médica que teve foi possível salvar a vida dele.
Grande ser humano, primo do craque do Botafogo dos anos 1940, Heleno de Freitas. Sobrinho do comentarista João Saldanha. Bebeto manteve até a morte, a sua capacidade de indignação contra as mazelas dos dirigentes dos esportes olímpicos e do futebol brasileiro, sempre botando a boca do mundo, denunciando federações e CBF, o que lhe custou muitos dissabores.
Pessoas como o Bebeto fazem falta demais ao Brasil.