por Chico Maia
O time todo foi bem, correu demais. O primeiro tempo foi um dos maiores massacres que já vi no futebol, com 73% de posse de bola do Atlético. Bombardeio intenso, futebol em alta velocidade, finalizações quase perfeitas, mas o principal não aconteceu: o gol!
Evidente que por causa do Fábio, que pegou tudo, inclusive o pênalti batido por Hulk aos seis minutos.
Menos mal que a torcida continuou apoiando e o time não se abateu. Continuou pressionando.
No intervalo, Bernard sentiu uma contusão e Milito aproveitou para dar mais força ao ataque, escalando Deyverson. Aos quatro minutos Scarpa soltou um de seus cruzamentos milimétricos e Deyverson se antecipou ao Thiago Silva. Cabeçada perfeita, com a bola resvalando no veterano zagueiro, enganando Fábio.
O gol diminuiu a ansiedade geral do Galo, que continuou criando e perdendo oportunidades. Aos 10 minutos Paulinho recebeu do Deyverson, com o Fábio batido, chutou por cima. Depois, aos 39. cara a cara com o goleiro, perdeu novamente.
Mas, aos 43, Hulk cruzou para Deyverson que empurrou pra dentro, fazendo a alegria da massa do Galo e a classificação para a semifinal.
Depois do jogo, pelo lado que perdeu, o lateral Marcelo e o zagueiro Thiago Silva reconheceram que o Atlético foi melhor, optou pela melhor “proposta” de jogo e mereceu. O goleiro Fábio preferiu reclamar da arbitragem, dizendo que na origem do segundo gol, teria havido uma falta.
Pelo lado do Galo, Hulk era só felicidade e serenidade em sua entrevista. Disse que segurou a onda depois que perdeu o pênalti, manteve a cabeça no lugar e passou a correr mais. E tentou tranquilizar o Paulinho, que estava abatido após perder oportunidades inacreditáveis: “cabeça erguida, força, você está sendo importante demais para nós; vamos pra cima, alcançar nosso objetivo”.
E assim foi!
