O especialista e professor Lucas Vieira Barros – uma sumidade quando o assunto é o estudo sobre tremores, seja onde for – falou sobre o caso Sete Lagoas. À frente do Rede Sismográfica do Brasil (Instagram: @redesismograficabr), o especialista sugeriu um estudo específico nas regiões onde foram detectados os epicentros dos abalos.
VEJA VÍDEO:
O professor Lucas Vieira, em vídeo enviado para o 7diasnews.com.br, sugere que seja feito o mesmo estudo que foi feito em Montes Claros – do qual participou ativamente – quando a cidade teve a incidência mais frequente de tremores com danos na estrutura urbana e residências do município. Ele também adiantou que equipe está se deslocando para a cidade afim de iniciar os estudos.
Atualmente, a Universidade de Brasília (UnB-DF) é uma referência nacional em eventos sismológicos – ao lado da Universidade de São Paulo ( USP) – que contam com equipe que levam sismógrafos portáteis para pontos estratégicos.
Os mesmos são instalados de forma temporária e fazem o monitoramento mais preciso da incidência e localização dos tremores, até mesmo os que não são perceptíveis na superfície. Ao contrário do que vem ocorrendo em Sete Lagoas, com a manifestação de moradores em diferentes regiões da cidade nas redes sociais quando ocorrem os abalos.
Segundo o professor Lucas Vieira, no caso de Montes Claros, houve uma mobilização junto ao governo do Estado para a compra de dois sismógrafos permanentes, sob a tutela da Unimontes, que criaria o núcleo de monitoramento. Porém, a administração da época não financiou e a ideia de uma unidade permanente não foi adiante. Os sismógrafos que poderiam ser instalados de forma permanente são feitos por encomenda, no México.
QUEM É LUCAS VIEIRA
Possui graduação em Engenharia Elétrica (Eletrônica), mestrado em Engenharia de Telecomunicações (processamento de sinais) e Doutorado em Geociências (Sismologia). Tem experiência na área de Geociências Aplicadas, com ênfase em Geofísica/Sismologia, atuando, principalmente, nos seguintes temas: sismicidade brasileira – natural e induzida por reservatórios; estrutura crustal, fontes sísmicas e atenuação de ondas sísmicas. Foi chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília por cerca de 18 anos, responsável pela introdução do ensino de pós-graduação em Sismologia na UnB e, dentre outros, pelo estabelecimento de cooperação com a ONU na verificação do Tratado de Proibição completa de Testes Nucleares. Atualmente participa dos ensinos de graduação e pós-graduação dos cursos de Geologia e Geofísica do Instituto de Geociências, orienta alunos de mestrado e doutorado do programa de pós-graduação em Geociências aplicadas. (Fonte: www.escavador.com)