Na segunda-feira (29/07), em julgamento realizado na 4ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores de Belo Horizonte, Leandro Assis, um dos acusados, confessou ter assassinado o ex-vereador e sindicalista Hamilton Dias de Souza, de Funilândia, em julho de 2020.
Segundo Leandro, o crime foi encomendado por Gerson Geraldo, irmão do ex-vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista de Morais, em troca de R$ 40 mil e uma casa no Espírito Santo. O julgamento, que envolve sete réus, incluindo Ronaldo Batista, ocorrerá no Tribunal do Júri no Fórum Lafayette e deve ser concluído nesta quinta-feira, 1º de agosto, com a decisão final do júri.
À época do indiciamento, a polícia explicou que havia um desentendimento de mais de uma década entre Ronaldo Batista e a vítima, quando eles faziam parte do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região e passaram para lados opostos. Hamilton Dias começou a ganhar destaque entre a classe e criou um sindicato à parte e enfraqueceu o grupo que era presidido por Batista.
Os seguintes réus estão sendo acusados: Antônio Carlos Cezário, Ronaldo Batista de Morais, Tiago Ribeiro de Miranda, Leandro Felix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Deborah Caetano Felix Aragão e Filipe Santos Viçoso. Todos foram denunciados por participação em uma organização criminosa e pelo homicídio de Hamilton, executado com tiros na cabeça e pescoço.
O CASO
Aos 58 anos, o vereador Hamilton Dias de Moura (MDB), de 58 anos foi encontrado morto em 23 de julho de 2020 no bairro Vila Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. O político estava dentro de um carro, no banco do motorista, com perfurações de arma de fogo em seu corpo. Durante o depoimento, Leandro também afirmou ter contado com a ajuda do policial Felipe Vicente para atrair a vítima para uma emboscada, usando um perfil falso de mulher.