Quando o elenco é limitado, pressão também tem limite. No futebol, querer não é poder

por Chico Maia

Foto/reprodução/Instagram Máfia Azul

O Cruzeiro abriu a Toca da Raposa para que grupo de integrantes da Máfia Azul se reunisse com o técnico Fernando Diniz e alguns jogadores, para cobrá-los diretamente, além de entregar um manifesto escrito.

Nada profissional isso.

Como diz o título do livro do Ferran Soriano, sobre o Barcelona: “A bola não entra por acaso”.

Bons resultados e títulos dependem da qualidade do elenco que um time tem. No futebol, só querer, não é poder. Se o adversário for mais qualificado e tiver mais peças de reposição, só não vencerá se acontecer uma “zebra” ou uma falha gigante de algum jogador ou do treinador.

Raça e determinação são obrigações de todo time, mas “água demais mata a planta”. Quando um jogador exagera, para mostrar “raça”, costuma ser expulso ou se machucar. Ou, errará um passe, perderá um gol. Simplesmente porque ele está no limite dele e o adversário é superior.

Pressão que vale mesmo é a das arquibancadas, do grito de quem está lá.

Mas, sem bombas e invasões, como alguns marginais atleticanos fizeram na final da Copa do Brasil contra o Flamengo. Idiotice tão grande que resulta em jogar com portões fechados, como ontem, na derrota para o Juventude e semana passada no empate com o Botafogo. Além de ter de jogar fora do seu próprio estádio e pagar aluguel ao América.  

Esse “cara a cara”, só cria constrangimentos e insegurança nos jogadores. Todos têm família e direito à privacidade. Saem às ruas, frequentam restaurantes, shoppings, levam filhos à escola, enfim.

Ser cobrado pessoalmente, na intimidade do seu local de trabalho, soa como ameaça, grave.

Isso nunca dá certo!  

Reportagem do Paulo Duarte no jornal Hoje em Dia:

“Organizada do Cruzeiro cobra jogadores em reunião na Toca II: ‘Libertadores é obrigação’”

Além de atletas, Diniz e representantes do Staff Celeste estiveram presentes no encontro

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Representantes da torcida organizada Máfia Azul estiveram na Toca da Raposa II em reunião com jogadores e o técnico Fernando Diniz para cobrar “explicações do elenco sobre o péssimo desempenho dos últimos quatro meses”, na tarde desta terça-feira (26). Durante o encontro, os torcedores afirmaram que a vaga na Libertadores, pelo Brasileirão, “é obrigação”, após o vice da Sul-Americana. 

“Quem não estiver comprometido, que siga outro caminho!”, frisou a organizada em texto publicado nas redes sociais. Segundo eles, os atletas, representados por Marlon, Cássio, Lucas Romero, Lucas Silva e Villalba, pediram desculpas pelos maus resultados e cravaram que estão comprometidos para chegar ao objetivo. 

Integrantes da Máfia Azul vão à Toca para cobrar elenco do Cruzeiro (Reprodução / Instagram Máfia Azul)

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