A Prefeitura de Belo Horizonte assumiu oficialmente, nesta terça-feira (3), a gestão do Anel Rodoviário da capital, trecho composto pelas BRs 262, 381 e 040. A mudança marca o início de uma nova fase de intervenções e melhorias estruturais na via, com o objetivo de promover mais segurança e fluidez no trânsito que corta a cidade do bairro Olhos D’Água, no Barreiro, até a Avenida Cristiano Machado, na região Nordeste.

Entre as primeiras medidas já anunciadas pela administração municipal estão a instalação de pontos de videomonitoramento e cerca de 40 novos radares, todos com limite de velocidade fixado em 70 km/h.
Durante a solenidade de formalização da municipalização, realizada na área de recuo do Anel, próximo ao Viaduto São Francisco, o prefeito Álvaro Damião (União Brasil) destacou o novo momento vivido pela via. “Segunda-feira fomos visitar o Anel Rodoviário, eu e o ministro Renan Filho, e vimos que o Anel já está sendo todo remodelado. Ele vai ser municipalizado hoje, mas as obras que estão sendo feitas, com R$ 70 milhões investidos aproximadamente, serão entregues”, afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia.
Investimentos e novas obras
Segundo o prefeito, outros R$ 63 milhões virão por meio de um convênio já acordado com o governo federal. O valor será destinado à construção de dois novos viadutos — um na BR-040 e outro na Via Expressa. “A gente quer entregar os viadutos no próximo ano”, destacou.
Além disso, Damião anunciou que uma estrutura operacional será instalada no antigo aeroporto Carlos Prates, para dar suporte às demandas do Anel. “Ali serão colocadas as bases móveis, os guinchos. Se você precisar retirar um caminhão hoje, por exemplo, em cinco minutos estará lá. Amanhã (quarta-feira) você já irá perceber que o Anel será outro”, garantiu.
Modernização e plano de atuação
O plano da Prefeitura para o “Novo Anel” foi elaborado por técnicos e contempla cinco eixos principais:
- Infraestrutura viária (obras e reformas);
- Manutenção e conservação (pavimentação, sinalização, iluminação, proteção, etc.);
- Operação viária (videomonitoramento, fiscalização, tráfego);
- Desenvolvimento urbano (integração urbana, uso do solo e patrimônio público);
- Modernização (adequações às novas realidades).
Trecho ainda sob responsabilidade federal
Um trecho de 4,1 quilômetros continua sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A gestão municipal só assumirá esse segmento após a conclusão das obras de ampliação, construção de marginais, restauração e melhorias na BR-381 entre Belo Horizonte e Caeté, o que deve ocorrer dentro de 3 a 4 anos.
Com a municipalização, a Prefeitura passa a ter autonomia para realizar obras e manutenções sem depender da liberação de recursos ou de autorização do governo federal, o que promete acelerar intervenções e respostas a situações emergenciais na via.
Com assessoria