Prefeito aponta dificuldades financeiras para implantação de “salas de silêncio” em escolas municipais

Douglas Melo destaca a importância do projeto, mas prioriza reformas em unidades escolares precárias.

O prefeito de Sete Lagoas, Douglas Melo, esclareceu os motivos que levaram ao veto total do Projeto de Lei 370/2024, que previa a criação de “salas de silêncio” para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e neuroatípicas nas escolas municipais. A proposta, apresentada pelo ex-vereador Pastor Alcides e pelo vereador reeleito Rodrigo Braga, foi considerada excelente, mas inviável diante das atuais condições financeiras e estruturais da rede de ensino.

Em justificativa oficial, o prefeito destacou que muitas escolas municipais enfrentam condições críticas, com problemas estruturais graves, como telhados danificados e instalações elétricas comprometidas, o que coloca em risco até mesmo a segurança dos estudantes. “Algumas unidades estão em situação tão precária que correm risco de interdição. Antes de avançarmos com novas iniciativas, precisamos garantir que as escolas existentes sejam espaços seguros para todos”, pontuou.

Embora tenha reconhecido a relevância do projeto, Douglas Melo afirmou que a atual conjuntura financeira do município impede a aplicação imediata da medida em todas as escolas. Ele garantiu, no entanto, que a gestão municipal segue comprometida com a inclusão e a criação de ambientes adequados para atender às necessidades de pessoas com TEA.

“Nosso compromisso é implementar melhorias gradualmente ao longo do mandato, priorizando sempre as demandas mais urgentes. Não há como sancionar o projeto neste momento, mas estamos trabalhando para viabilizá-lo no futuro”, afirmou.