Polícia segue investigando chacina que vitimou família na zona rural de Curvelo

A Polícia Civil de Minas Gerais continua as investigações sobre o trágico triplo homicídio ocorrido em uma fazenda na zona rural de Curvelo, na Região Central do estado. O caso, que chocou moradores locais e causou grande comoção em Sete Lagoas — onde as vítimas serão veladas —, envolveu três pessoas da mesma família brutalmente assassinadas com tiros na cabeça. Os corpos apresentavam sinais de amarração.

As vítima: o casal Maria Helena Leite Soares (67 anos) e Regino Nilson Soares (65 anos); e o irmão de Regino, José Evangelista Filho (53 anos), à direita na imagem. Foto: Redes Sociais

O crime aconteceu na comunidade de Canabrava e foi inicialmente tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo a Polícia Militar, o triplo assassinato pode ter ocorrido na última quinta-feira (26), já que, desde então, familiares não conseguiram mais contato com as vítimas. O

Os corpos só foram encontrados na tarde de sexta-feira (27), quando um prestador de serviços que chegava para trabalhar na fazenda estranhou o silêncio e, por falta de sinal de celular, dirigiu-se até um quartel da PM para pedir ajuda.

Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com uma cena de extrema violência. As três vítimas estavam dentro da residência com os braços amarrados para trás e ferimentos de arma de fogo na cabeça. A casa estava com as luzes acesas, portas abertas e sinais evidentes de que havia sido revirada em busca de objetos de valor.

De acordo com a PM, cerca de R$ 14 mil em dinheiro e o celular do proprietário da fazenda foram levados. Contudo, um cofre e outras quantias em espécie foram deixadas intactas, o que levanta dúvidas sobre a real motivação do crime.

As vítimas foram identificadas como:

  • Regino Nilson Soares, 65 anos, proprietário da fazenda;
  • Sua esposa, Maria Helena Leite Soares, de 67 anos;
  • E José Evangelista Filho, irmão do fazendeiro, de 53 anos, que era deficiente visual e auditivo.

A perícia técnica da Polícia Civil foi acionada e realizou os procedimentos no local para coletar vestígios que possam ajudar na identificação dos autores. Nenhum suspeito foi preso até o momento.

Apesar de a principal linha de investigação ser latrocínio, outras hipóteses não são descartadas. O fato de parte do dinheiro ter sido deixada para trás e a ausência de sinais de luta ou resistência levantam questões sobre o verdadeiro motivo do crime.

A população da região segue abalada com a brutalidade do caso. A Polícia Civil informou que novas diligências estão em andamento e pede que qualquer informação que possa ajudar nas investigações seja repassada de forma anônima pelo Disque Denúncia 181.