A chegada do Carnaval, que começa oficialmente neste sábado (10 de fevereiro), em Belo Horizonte, com desfile de mais de 500 blocos durante o período da folia, faz crescer o alerta para o aumento de casos do golpe conhecido como “boa noite, Cinderela”. Isso porque, segundo a Polícia Civil (PCMG), criminosos aproveitam da festa para dopar vítimas e praticar crimes de roubo ou até mesmo cometer abuso sexual.
“A propensão a acontecer é grande nesta época do ano. Ainda temos a “cifra negra”, que são pessoas que são vítimas e não registram o boletim de ocorrência. Mas é uma conduta criminosa que se torna mais comum nas épocas festivas, como o Carnaval”, avalia o delegado Thiago Machado, do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
Segundo o delegado, o crime consiste no ato de dopar a vítima com substâncias, como a anfetamina, que são inseridas, em geral, em bebidas alcoólicas, provocando sonolência, diminuição do equilíbrio e até inconsciência. Após ser sedada, a vítima é levada para outro local onde é alvo de crimes como roubo de seu patrimônio ou de estupro. Tudo isso, segundo o policial, ocorre em um momento de distração.
“O criminoso aproveita do momento de distração ou de uma pessoa que já está fazendo o uso da bebida e já está alterada, e coloca na bebida, a pessoa perde a consciência e ele vem a praticar o crime. Os autores costumam agir, mas algumas vezes agem em dupla. Sendo que um se aproxima da vítima e inicia uma conversa para distraí-la, enquanto a outra insere a substância na bebida”, explica.
Machado conta que mulheres são os principais alvos dos golpistas. No entanto, ele ressalta que homens também podem ser vítimas do “boa noite, Cinderela”. “Mulheres são as vítimas mais comuns, ainda mais quando o intuito é o crime sexual. Mas existem casos com homens, inclusive, registro de casos envolvendo de vítimas que procuram sexo pago, acabam contratando um criminoso e são vítimas do boa noite, cinderela”, afirma.
Com O Tempo e Polícia Civil (Assessoria)