Influenciador e sua esposa são alvos de mandados de busca e apreensão em Santa Catarina; veículos de luxo são sequestrados e arma é apreendida.
O influenciador digital Nego Di e sua esposa, Gabriela Sousa, estão no centro de uma operação conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul em Santa Catarina, que investiga a suspeita de lavagem de R$ 2 milhões provenientes de rifas virtuais consideradas ilegais. Mandados judiciais estão sendo cumpridos no litoral catarinense nesta sexta-feira (12).
Segundo informações do MP, foram sequestrados dois veículos de luxo, e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registro, foi apreendida durante a operação. A esposa do influenciador foi presa em flagrante.
O objetivo das buscas é recolher documentos, mídias sociais, celulares e outros itens que possam ajudar a esclarecer os crimes investigados e quantificar os valores obtidos pelo casal. Além disso, o MP obteve na Justiça o bloqueio de valores e a indisponibilidade de bens dos investigados e de terceiros ligados aos fatos apurados.
Quem é Nego Di:
Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, é natural de Porto Alegre e ficou conhecido após sua participação no Big Brother Brasil em 2021, onde foi o terceiro eliminado do programa com 98,76% dos votos. Atuando como influenciador digital e comediante, ele começou a promover rifas em redes sociais após o reality, alegando que “quem comprasse mais números” teria maior chance de ganhar o prêmio.
Esta prática levantou suspeitas por parte do Ministério Público, motivando a operação realizada contra ele e sua companheira em Santa Catarina nesta manhã.
Nego Di já havia sido alvo de sanções judiciais no Rio Grande do Sul por divulgação de notícias falsas em suas redes sociais. Recentemente, em maio deste ano, o Tribunal de Justiça determinou que ele apagasse publicações relacionadas a enchentes na região metropolitana de Porto Alegre, além de proibi-lo de fazer novas afirmações falsas sob pena de multa.
Carros de luxo foram sequestrados e arma de uso restrito foi apreendida pelo MP — Foto: Divulgação/Ministério Público
Nota da defesa dos investigados:
A defesa dos investigados esclarece que ainda não teve acesso aos detalhes do inquérito conduzido pelo Ministério Público, e, por isso, pede cautela na divulgação de informações para evitar prejulgamentos que possam prejudicar a imagem dos envolvidos. Os advogados afirmam que a inocência será comprovada no decorrer do processo legal, reiterando a importância do princípio da presunção de inocência e solicitando o respeito aos direitos fundamentais dos investigados.
