As mortes causadas pelas fortes chuvas em Minas Gerais mais que dobraram em uma semana, alcançando 24 vítimas, segundo atualização da Defesa Civil estadual nesta segunda-feira (13). Somente no último domingo (12), 11 pessoas perderam a vida durante temporais em Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce.

Tragédia em Ipatinga
Um deslizamento de terra no bairro Bethânia, em Ipatinga, soterrou uma casa onde sete pessoas estavam. Apenas dois adolescentes sobreviveram. Entre as vítimas estão a mãe, duas irmãs, a cunhada e a sobrinha de Maria Aparecida da Silva Lopes.
“A Defesa Civil já sabia do risco, mediram o terreno e prometeram construir um muro de arrimo. Nada foi feito. Agora são cinco mortes que poderiam ter sido evitadas”, desabafou Maria Aparecida.
A cidade, que decretou calamidade pública por 180 dias, registrou 150 pessoas desabrigadas após o temporal, que causou transbordamento de córregos, alagamentos e novos deslizamentos.
Em Santana do Paraíso, a uma hora de Ipatinga, uma pessoa morreu em decorrência dos temporais.
Situação crítica no estado
Desde o início do período chuvoso, em setembro de 2024, Minas Gerais contabilizou 24 mortes. O número de municípios em situação de emergência subiu para 56. Entre as cidades que decretaram calamidade pública estão Conceição do Pará, Coronel Fabriciano, Nepomuceno e Ipatinga.
Até o momento, 1.497 pessoas ficaram desalojadas e 279 estão desabrigadas. As mortes foram registradas nos seguintes municípios:
- Ipatinga (10)
- Santana do Paraíso (1)
- Uberlândia (1)
- Ipanema (3)
- Maripá de Minas (1)
- Coronel Pacheco (1)
- Raul Soares (2)
- Nepomuceno (1)
- Capinópolis (1)
- Alterosa (1)
- Carangola (1)
- Tombos (1)
O governador Romeu Zema (Novo) visita nesta segunda-feira (13) as áreas mais atingidas no Vale do Rio Doce para acompanhar as ações de atendimento às famílias afetadas pelas chuvas.
A população dos municípios em calamidade pública enfrenta dificuldades com infraestrutura danificada, alagamentos e a necessidade urgente de medidas preventivas para evitar novas tragédias.