Mais uma noite impecável do Atlético e mais uma final de Libertadores pela frente

por Chico Maia

Foto: x.com/Libertadores

Há tempos eu não via um time brasileiro fazer uma partida perfeita, para atingir o seu objetivo, como o Galo fez esta noite no Monumental de Nuñes. Sob pressão intensa, desde a saída do hotel, passando pelas ruas de Buenos Aires até o estádio e lá dentro do Monumental, lotado.

Impossível destacar alguém como o melhor em campo.

Os acertos começaram na escalação inicial feita pelo Gabriel Milito, que optou pelo mesmo time que começou jogando em Belo Horizonte na vitória de 3 x 0. Forçou o River a não ousar tanto, porque os atacantes do Atlético exigem cuidados especiais.

Mesmo assim o River atacou muito, mas encontrou um sistema defensivo em noite de gala, sem erros, sem sentir a pressão. Individual e coletivamente impecável.

Também contou com uma arbitragem excelente do Vilmar Roldán, colombiano, certamente o melhor do continente. Afastou o medo alvinegro de teorias conspiratórias, de que a CONMEBOL teria interesse em favorecer o River, para que o Olímpya, do Paraguai, time do presidente da entidade, pudesse conseguir vaga no Mundial de Clubes da FIFA 2025, nos Estados Unidos. Lances de empurra-empurra e duas entradas duras do Lyanco, uma delas com cartão amarelo, poderiam ser usados pela arbitragem para beneficiar os argentinos, caso realmente houvesse alguma esquema espúrio.

Notando que a arbitragem era honesta, o time manteve a tranquilidade e até arriscou três escapadas com perigo ao gol do Armani. E o primeiro tempo terminou sem alteração no placar.

No segundo, o Galo quase marcou, logo no início, mas o River continuou com mais posse de bola e pressionando muito, chutando mais a gol, com precisão. Aí o Everson entrou em ação, com três excelentes defesas, que garantiram o placar em branco e a presença do Atlético em mais uma final de Libertadores.

Foto: x.com/Libertadores