Confira reportagem de Thyago Henrique, jornalista dodiariodocomercio.com.br, com os detalhes sobre o contrato do leilão da BR-040 que terá duração de 30 anos: e a concessionária vencedora terá que investir R$ 12 bilhões na rodovia:
A Vinci venceu o leilão e será a responsável por administrar, nos próximos 30 anos, o trecho de 594,8 quilômetros da BR-040 entre Belo Horizonte e Cristalina (Goiás), mais conhecido como Rota dos Cristais e que também passa por Sete Lagoas.
No período, o grupo francês terá que investir R$ 12 bilhões na rodovia federal, dos quais R$ 6,4 bilhões serão destinados a obras de infraestrutura e R$ 5,4 bilhões a custos operacionais.
Estreante em certames rodoviários no Brasil, a líder mundial em concessões, energia e construção, atuando em mais de 120 países, arrematou o leilão, realizado no início da tarde desta quinta-feira (26), na B3, em São Paulo, ao propor um desconto de 14,32% sobre a tarifa básica de pedágio.
A empresa venceu a disputa contra três concorrentes. Foram eles: o Consórcio Nova BR-040, formado pela Opportunity e a 4UM Investimentos (que ofereceu 9,09% de dedução), o BTG Pactual (7,50%) – que também estreou em leilões de rodovias – e a CCR (1,75%).
A assinatura do contrato de concessão deve acontecer até o dia 19 de dezembro.
Detalhes da concessão da BR-040 e benefícios previstos no projeto
A expectativa é que os investimentos modernizem a via, garantam a segurança do usuário e a fluidez do tráfego, além de aumentar a eficiência logística das empresas que a utilizam – a Rota dos Cristais é um importante corredor para o escoamento de produtos entre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil.
As principais mudanças previstas para o trecho, incluem:
• duplicação de 9,9 km;
• construção de 342,9 km de faixas adicionais (174,4 km em pista simples e 168,5 km em pista dupla);
• construção de 61,6 km de vias marginais;
• instalação de 34 passarelas para pedestres e melhoria de outras nove;
• instalação de 18 passagens de fauna;
• implementação de dois pontos de parada de descanso (PPDs).
Conforme consta no Programa de Exploração da Rodovia (PER), no primeiro ano, serão realizados os trabalhos dedicados a eliminar problemas na estrada que impliquem riscos iminentes.
Entre o segundo e o quinto ano, haverá melhorias estruturais, funcionais e operacionais, como a recuperação da pista de rolamento.
As grandes obras, que englobam duplicações, faixas adicionais e vias marginais, ficarão para o período do terceiro ao sétimo ano.