Juninho, prefeito cassado em Inhaúma, afirma que julgamento foi político

“Confio que a justiça fará justiça, me retornando para cargo o mais breve possível”, ressaltou

Juninho foi cassado pela Câmara Municipal de Inhaúma. Foto: Celso Martinelli
Juninho foi cassado pela Câmara Municipal de Inhaúma. Foto: Celso Martinelli

O prefeito de Inhaúma, Geraldo Custódio Silva Júnior (Juninho, do PSD), foi cassado na última segunda-feira (06/11) pela Câmara Municipal. Foram 6 votos a favor e duas abstenções, além de uma ausência entre os nove vereadores que constituem o Legislativo daquela cidade. Em entrevista ao 7diasnews.com.br, ele afirma que o processo de cassação foi político e que vai recorrer.

Agora, a administração foi assumida pelo presidente da Câmara Municipal, Rodrigo de Carvalho Gomes, o Rodrigo da Serralheria (PSDB), já que o vice-prefeito, Murilo França, foi vítima fatal da Covid-19. Confira entrevista com Juninho:

O que motivou o processo de cassação contra o senhor? 
A motivação se deu por uma suposta divergência nos valores de diárias.

Considera que foi um julgamento político? Por que? 
Indiscutivelmente foi um julgamento político. Não havia provas suficientes para culminar a cassação. 

Qual sua versão sobre o fato, que culminou com a criação da Comissão Processante? 
Trata-se de um julgamento puramente de cunho político, de um legislativo representado pelo Presidente que desde o início do seu mandato, articulou incansavelmente para haver a cassação. Esse, sem dúvidas, era o caminho mais fácil, devido ter perdido um grande irmão para COVID, o vice-prefeito Murilo França de Lima. 

Julgamento esse, injusto, impossível  de resultar em qualquer sanção devido a ausência de provas documentais. No que tange a comissão processante, trata-se de uma cassação politico administrativa, onde mesmo comprovando que não cometi nenhuma infração, o Legislativo faz o papel de Juiz. 

O julgamento foi totalmente parcial, devido ser notória a inimizade do Presidente da Câmara comigo, e a sede que o mesmo obtinha em ser prefeito de Inhaúma sem ser votado, sendo este o interessado principal em sentar na minha cadeira, onde fui democraticamente eleito pelo povo para esse cargo. 

Vai recorrer, tem esperança que vai continuar como prefeito? 
Vamos recorrer sim, acima de tudo, confio na justiça divina. Confio que a justiça fará justiça, me retornando para cargo o mais breve possível.