Imagem do dia – Parque do Sumidouro em Pedro Leopoldo

O Parque Estadual do Sumidouro foi criado no dia 03 de janeiro de 1980, pelo Decreto Estadual nº 20.375, alterado pelos Decretos nº 20.598, de 04 de junho de 1980, nº 44.935 de 03 de novembro de 2008 e definido pela Lei nº 19.998, de 29 de dezembro de 2011.
Possui área total de 2.004 hectares e está situado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, ao norte da região metropolitana de Belo Horizonte, distando cerca de 50 Km da capital mineira.

Atualmente, está inserido no programa turístico Rota das Grutas Peter Lund. Caracterizado como Unidade de Proteção Integral, o Parque tem o objetivo principal de promover a preservação ambiental e cultural, possibilitando atividades de pesquisa, conservação, educação ambiental e turismo. A unidade recebeu este nome devido a sua lagoa, que possui um ponto de drenagem das águas da bacia típica dos terrenos calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”, termo que vem da palavra indígena “Anhanhonhacanhuva”, que significa “água parada que some no buraco da terra”.

O Parque Estadual do Sumidouro foi criado com o objetivo de preservar o patrimônio cultural e natural existente na região da formação Carste e se divide pelos municípios de Lagoa SantaePedro Leopoldo. A vegetação é composta pelo Cerrado e pela Floresta Estacional Semi-decidual e Floresta Estacional Decidual associada sobretudo aos afloramentos de calcário. A flora é formada por espécies como ipê amarelo, angico, vinhático, aroeira, jatobá do campo, gabiroba, manjoba, mutamba, faveiro e outras espécies vegetais típicas das fitofisionomias citadas. O clima é tropical úmido, ensolarado e estável, com verões chuvosos e invernos secos. Dentre os mamíferos, avista-se mico estrela, raposa, tatu galinha, tatu peba, coelho, gambá, veado catingueiro, gato do mato, lobo guará; entre os répteis, jibóia, cascavel, jararaca são os mais comuns; entre as aves, codorna, garcinha, biguá, urubu, gavião, irerê, seriema, rolinha pedrês, beija-flor, andorinha e o pica pau branco são algumas das espécies mais representativas. Contudo, as reservas de recursos de flora e fauna não representam hoje, por si só, os principais valores do Parque Estadual do Sumidouro, apesar dos fragmentos remanescentes de floresta estacional semidecidual, de savana arbórea densa e florestas decíduas presentes, que mesmo com distribuição disjunta, ainda mantêm potencial de conectividade e capacidade de suporte de espécies da fauna ameaçadas de extinção.

A paisagem típica do Carste, representada, sobretudo, pela planície da lagoa do Sumidouro e pelos maciços e paredões calcários repletos de cavidades subterrâneas, justificam amplamente a proteção da região. Há também outros aspectos da geodiversidade que merecem destaque e proteção: a peculiaridade da hidrografia cárstica com seu conjunto de lagoas, surgências e sumidouros; a morfologia especial do relevo, repleto de feições monumentais: paredões, torres, verrugas, lapas, dolinas e uvalas; além das expressões magníficas do mundo subterrâneo – as grutas. Tudo em conjunto indissociável com registros da memória cultural pré-histórica e histórica.

    De acordo com registros históricos, a ocupação humana na região que hoje forma o município começou há aproximadamente 12.000 anos. Foi em Pedro Leopoldo que o esqueleto conhecido como “Luzia” foi encontrado. O fóssil é hoje o mais antigo esqueleto humano conhecido nas Américas. O município tem ao todo mais de quinze sítios arqueológicos. A cidade ainda é berço do médium Chico Xavier, o maior líder espírita do Brasil. Figuras de renome mundial como Peter Lund e Fernão Dias, também fazem parte da história dessa importante cidade, terra de belezas, história e cultura.