Por Gustavo Magalhães Fonseca Nogueira
Neto da senhora Sofia
A vida se dá entre o nascimento e a morte, e o que distingue cada pessoa é o que se constrói nesse intervalo. Diferente da morte, que é inevitável, existe a perda — cotidiana e pequena — até que um dia se torna imensa, marcada pelo que foi vivido entre o começo e o fim.
Sofia fez da humanidade e da nobreza de sua natureza um propósito. Avó de Gustavo, Alexandre, Samir, Melina e Lavínia, mãe devotada de Danielle, Leonardo e Leoninho, querida por genro e noras, deixou como herança a ternura, a generosidade, o respeito e, sobretudo, a bondade.
Nascida em Itambacuri e escolhendo Sete Lagoas como lar, percorreu muitos lugares, cultivando amizades e proximidades. No fim da vida, vivendo junto aos filhos num prédio em que ela ocupava o nível térreo, na base. De forma literal, foi a base de tudo, de todos. O alicerce mais sólido de uma família que ergueu sobre valores profundos, mas também sobre delicadeza, acolhimento, carinho e constante cuidado.
Os grandes olhos azuis se fecharam, e a perda é imensa. Mas maior ainda é o legado que seguirá vivo, contado à neta mais nova, Lavínia, e aos que virão. Afinal, a melhor pessoa que muitos conheceram foi, por destino, também avó deles. Que Deus a receba de braços abertos e que Nhá Chica siga protegendo a todos.
