quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Ex-dirigentes do Cruzeiro têm processo arquivado pela justiça

por Chico Maia

(Montagem sobre fotos de Vinnicius Silva e Igor Sales/Cruzeiro )

Tem polícia, tem justiça, tem ministério público e nessa toada me recorro sempre à frase: “Nada do que é humano me é estranho” (Publio Terêncio, dramaturgo e poeta romano, nascido entre 195-185 a.C.).

Ainda mais no Brasil. Outro dia mesmo um Ministro do Supremo livrou uma das maiores empreiteiras do país de multa bilionária. Está na manchete do portal do Supremo Tribunal Federal, do dia 1º de fevereiro de 2024: “STF suspende multas de R$ 8,5 bilhões da antiga Odebrecht e autoriza a reavaliação do acordo de leniência da Operação Lava-Jato”

Dizia também Tom Jobim, que “o Brasil não é para principiantes”.

Nessa novela do Cruzeiro, ano passado a Polícia Civil de Minas não enxergou crime em algumas ações dos ex-dirigentes, conforme mostra essa manchete do jornal Lance:

Polícia não vê crime e conclui inquérito sem indiciar ex-dirigentes do Cruzeiro Itair Machado e Wagner Pires”.

Mas o Ministério Público pensava diferente.

Menos mal que vivemos a era da “memória eletrônica” e dá pra sair catando notícia daqui, notícia dali, para tentar formar uma opinião. Mas mesmo assim, não é fácil entender. E, no frigir do ovos, opinião pra quê? O que vale é decisão judicial.

Reportagens atuais de O Tempo, Hoje em Dia e a do Lance, do dia 15 de março de 2023:

“Cruzeiro: processo criminal contra Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Sérgio Nonato é arquivado”

Decisão da Justiça foi motivada por ‘falta de provas’; trio comandou o clube entre 2018 e 2019

Angel Drumond

esportes@hojeemdia.com.br

Foi arquivado o processo criminal que investigava os ex-dirigentes do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Sérgio Nonato. O trio assumiu o comando do clube em janeiro de 2018 e saiu no fim de 2019, em meio a denúncias e ao desastroso futebol da equipe – que terminou o ano rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro.

A decisão é da 7ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. O arquivamento, conforme documento obtido pelo Hoje em Dia, foi motivado por falta de provas. Wagner, Itair e Sérginho eram acusados de crimes patrimoniais, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

As investigações apontam que não há evidências suficientes para sustentar as acusações contra os envolvidos. 

Na época, uma representação anônima levantou suspeitas sobre possíveis irregularidades durante o período em que estiveram à frente do clube.

https://www.hojeemdia.com.br/esportes/cruzeiro/cruzeiro-processo-criminal-contra-wagner-pires-de-sa-itair-machado-e-sergio-nonato-e-arquivado-1.1028851

“Inquérito contra Wagner Pires, Itair Machado e Sérgio Nonato, ex-dirigentes do Cruzeiro, é arquivado”

O trio esteve à frente do clube celeste entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019; dirigentes foram denunciados por vários crimes

Um dos inquéritos envolvendo os ex-dirigentes do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, Itair Machado e Sérgio Nonato foi arquivado pela 7ª Vara Criminal de Belo Horizonte. Conforme a decisão, o arquivamento do processo que investigava alguns dos contratos feitos pelos dirigentes ocorreu devido à falta de provas. O trio esteve à frente do clube celeste entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019, ano do rebaixamento do clube para a Série B do Campeonato Brasileiro.

“Ficou demonstrado aquilo que a gente já esperava. Não há nenhuma ilegalidade nos contratos. Eles são claros e não possuem nenhum teor criminal”, destacou o advogado Marcos Aurélio de Souza Santos, responsável pela defesa do ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá. Segundo o advogado, a expectativa é de que no outro processo, ainda em tramitação, os dirigentes possam ser absolvidos. “Não há nada de crime na situação do Cruzeiro, é uma questão de administração”, acrescentou.

Conforme publicado por O Tempo Sports, em 2020, um ano após as acusações, os dirigentes foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pelos crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Segundo o apontamento do MPMG, o prejuízo causado por eles ao Cruzeiro, por meio dos crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro, teria sido de cerca de R$ 6,5 milhões.

Na denúncia apresentada, o Ministério Público pediu a condenação dos investigados, além da fixação de uma indenização ao Cruzeiro correspondente a 100% da perda que o clube sofreu mediante às apurações, ou seja, aproximadamente R$ 6,5 milhões. O MPMG entendeu, na ocasião, que as ações dos indiciados causaram dano moral coletivo e dano à imagem do clube.

Procurado pela reportagem de O Tempo Sports, o MPMG não se manifestou até a publicação da matéria. A defesa de Itair Machado optou em não se manifestar, neste momento, sobre a decisão. A reportagem também tentou contato com os advogados de Sérgio Nonato, mas não obteve retorno. A matéria será atualizada com os posicionamentos.

https://www.otempo.com.br/sports/cruzeiro/2024/9/4/inquerito-contra-wagner-pires–itair-machado-e-sergio-nonato–ex#:~:text=Um%20dos%20inqu%C3%A9ritos%20envolvendo%20os,devido%20%C3%A0%20falta%20de%20provas.

O Lance!

15 de março de 2023

Polícia não vê crime e conclui inquérito sem indiciar ex-dirigentes do Cruzeiro Itair Machado e Wagner Pires

‘A única coisa errada que fiz no Cruzeiro foi sempre ter pago os salários dos jogadores e funcionários rigorosamente em dia’, afirmou Itair Machado

A Polícia Civil de Minas Gerais encerrou o inquérito que investigava supostas irregularidades na compra e venda de jogadores do Cruzeiro, tendo como possíveis operadores Wagner Pires Sá e Itair Machado, ex-presidente e ex-vice de futebol da Raposa. Ambos eram investigados sobre possíveis irregularidades nas transações envolvendo atletas que passaram pelo clube entre  2018 e 2019. O inquérito foi aberto em 2021 e foi concluído ainda no fim de 2022.

A polícia não vai mais indiciar Wagner Pires e Itair Machado. A conclusão do inquérito ainda não chegou ao Ministério Público. Assim que for para a instituição, o MP vai acatar ou não as conclusões da Polícia Civil, ou pedirá mais investigações acerca do caso.

Entenda  o caso

Wagner Pires e Itair Machado eram investigados pelas negociações envolvendo a venda de Arrascaeta para o Flamengo e outros jogadores do clube durante a gestão da dupla, que começou no início de 2018 e foi até o fim de 2019.

A suspeita nas investigações era  que as movimentações de valores pagos nas comissões, incluindo as de transferência, renovação e venda de atletas, fossem realizadas para beneficiar dirigentes e empresários. A suspeita era que houvesse prática de formação de organização criminosa e apropriação indébita. 

https://www.lance.com.br/cruzeiro/pcmg-nao-ve-crime-e-conclui-inquerito-sem-indiciar-ex-dirigentes-itair-machado-e-wagner-pires.html