Diego Brake lança EP “Ao Vivo e em Flores” em ocupação artística no Jardim Europa

Na quinta-feira passada, 5 de junho, o cantor e compositor setelagoano Diego Brake promoveu o lançamento do EP “Ao Vivo e em Flores” de forma inovadora e coletiva. A estreia aconteceu em uma obra inacabada no bairro Jardim Europa, em Sete Lagoas, transformada artisticamente para receber o evento. O local escolhido não foi por acaso: o bairro, segundo o artista, inspira diretamente suas composições e representa muito de sua trajetória.

Diego Brake

O lançamento foi muito mais que um show: foi uma verdadeira ocupação cultural. A noite começou com uma performance visual inédita, na qual Diego produziu, ao vivo, uma escultura utilizando ferro reciclado e solda. “A ideia era unir a força da criação bruta com a delicadeza do processo artístico. É soldar sentimentos e cicatrizes também”, explica.

A ação contou com a participação espontânea de artistas locais em diversas linguagens: grafite, muralismo, pintura em tela, tatuagens no estilo flash tattoo, gastronomia, efeitos especiais e música. Todos colaboraram de forma voluntária, criando uma experiência imersiva e sensorial. “Essa ocupação é um manifesto. É a prova de que a arte feita em conjunto transforma espaços e pessoas”, destaca Diego.

O espetáculo também foi uma gravação ao vivo do EP, que será lançado em breve nas plataformas digitais. Participaram da apresentação músicos e técnicos da cena independente da cidade, entre eles Johnny Brasilidades (DJ), Josimar Lúcio (teclado), Tiago Soares (baixo), Leandro Rezende (bateria), e os tatuadores Thais Souza e Hugo Aguiar. O audiovisual foi registrado por Tatto Paschoal, com imagens aéreas de Giuliano Michetti e efeitos especiais de Jeremias. A cenografia teve assinatura de Ivan Alves e o suporte técnico de som e luz ficou por conta de Fagner Leonardo Guim e Claudisson Luzia.

Para Diego Brake, o EP e o evento representam mais que um novo trabalho musical. “Ao Vivo e em Flores brota do concreto das ruas, das histórias reais e da união entre artistas que constroem, com sensibilidade e resistência, novas paisagens para a arte local”, afirma. Ele completa: “Não tivemos patrocínio, nem editais. Tudo foi feito com amor, parceria e coragem. Isso mostra a potência da cena cultural independente de Sete Lagoas”.

Além da música, o evento teve ainda gastronomia assinada por Priscilla Tatiana e a participação de artistas visuais como André Teoriadarua e Lorenzo Kverna, responsáveis por grafites e intervenções visuais no espaço. A proposta do evento, segundo Diego, foi transformar uma construção inacabada em um lugar de encontro, expressão e beleza.

O EP “Ao Vivo e em Flores” será disponibilizado em breve nas principais plataformas digitais. A ocupação artística foi um registro vivo da força criativa da cidade e da importância de investir em cultura feita nas margens, com raízes profundas na comunidade.