por Chico Maia

Imagem: Twitter/BotafogoFR
Fora de campo, o grande espetáculo aqui nos Estados Unidos nessa competição é a torcida do Boca Juniors. Impressionante: em quantidade, animação, festa e apoio ao time, nas ruas, bares, shoppings e nos estádios. Contra o Bayern, em Miami, mesmo perdendo, não parava de apoiar. Quando empatou, o estádio, que parecia a Bombonera, quase veio abaixo. Depois da derrota, parecia que tinha vencido. Os caras saíram cantando e ovacionando o Boca. “Foda-se”, se não venceu “dessa vez”!
Que show!
Dentro de campo, as vitórias do Botafogo e Flamengo sobre o PSG e Chelsea mexeram com a cabeça dos frios e soberbos colegas jornalistas europeus que achavam que este Mundial de Clubes seria apenas mais um passeio dos times do velho continente em cima dos sul-americanos.
Na verdade, quase todos nós, sul-americanos, jornalistas ou não, pensávamos assim também.
O Botafogo ganhou na estratégia de esperar o adversário e apostar nos contra golpes. O Flamengo, não. Partiu pra cima do time inglês, que se aproveitou de um vacilo da defesa rubro-negra e saiu na frente. Mas a superioridade carioca era tão grande que o empate e talvez a virada era questão de momento. Não deu outra: 3 x 1, com sabor de massacre.
O papo dos europeus agora é aquele de sempre, quando perdem: estamos no fim da temporada e os jogadores estão extenuados! Dane-se. Mesmo papo brasileiro quando a nossa seleção dança nas Copas do Mundo.
O fato é que, a partir de agora eles entrarão mais pilhados. Essas derrotas, especialmente do Chelsea, foram humilhantes e eles vão querer mostrar mais serviço daqui pra frente.
Ótimo para o torneio, melhor ainda para o futebol sul-americano que nas últimas décadas se tornou o “patinho feio”, que desceu da prateleira de cima e é obrigado a analisar o futebol europeu como “um outro esporte”, dado a beleza e efetividade da bola jogada por eles, endinheirados, com os melhores jogadores e estrutura do mundo.
Vamos ver como será a sequência, especialmente na fase eliminatória. Por enquanto, é curtir o momento!

Outro detalhe que merece destaque: Filipe Luís, técnico do Flamengo. Brasileiro, excelente, simples e prático.

Bruno Henrique saiu do banco para virar o jogo com seu gol e participações! – Fotos: twitter/Flamengo