Curta “Beco dos Repolhos” transforma memória afetiva de Sete Lagoas em poesia no cinema

Sete Lagoas será o ponto de partida de uma viagem carregada de emoção, memória e cultura popular. No próximo dia 23 de abril, estreia o curta-metragem “Beco dos Repolhos: A Viagem de Dona Altiva”, uma homenagem poética às raízes e à afetividade entre avó e neto, ambientada no coração da cidade.

Lena Eva e Diego Brakke

O lançamento, marcado para o Dia de São Jorge, data simbólica para quem carrega fé e força no peito, é mais que um evento — é o nascimento de uma história que reverencia a ancestralidade e a cultura mineira por meio de uma figura que representa tantas outras: Dona Altiva. A personagem, que se prepara para ser homenageada na vizinha Jequitibá, conduz a narrativa com ternura e firmeza, como só as avós sabem fazer.

A direção é de Priscila Horta com Lena Elva como Dona Altiva. Fotos: Celso Martinelli

“Beco dos Repolhos” é também uma carta de amor à cidade de Sete Lagoas. O filme resgata um pedaço do passado — o beco que dá nome ao curta — e transforma suas lembranças em poesia visual. É um mergulho no afeto que atravessa gerações e um lembrete da importância de manter vivas as histórias que moldam nossas identidades.

Parte da equipe de gravação

O projeto, carregado de sentimento desde a sua concepção, é fruto de um processo criativo que mistura devoção, saudade e o desconforto bonito que antecede toda grande criação. Segundo a autora, o filme nasceu de dentro, empurrado por algo maior — talvez por fé, talvez por amor, talvez pelos dois.

A pré-estreia está marcada na plataforma Sympla, com detalhes sobre horário e local a serem confirmados. A obra também deve circular por outras cidades mineiras, levando consigo a memória de Dona Altiva e o carinho de quem fez do cinema um ato de reencontro com as próprias raízes.