Rescaldo dos 3 x 1: de todo tipo de gozação à possível queda de treinador
É voz corrente que o campeonato estadual não vale muita coisa, mas quem perde sofre demais. Principalmente quando se trata de final entre Atlético x Cruzeiro, uma disputa à parte!
Mas que loucura foi a reação de tantos torcedores da Raposa, jornalistas inclusive, a essa derrota. Era tanta certeza na conquista do título que me fez lembrar a frase: “quanto mais alto o coqueiro, maior o tombo”. A maioria pôs a culpa total no técnico Larcamón, até outro dia decantado em prosa e verso como uma “descoberta” fantástica do Ronaldo e cia.
Bastou uma perda de título para o Atlético, nada de anormal, por todas as circunstâncias, para transformá-lo na “Geni” (música do Chico Buarque, viu gente?).
Querer justificar a virada do Galo na substituição feita pelo jovem treinador, do zagueiro João Marcelo no lugar do Vital, aos 16 do segundo tempo, é uma das coisas mais ridículas que já vi no futebol. Parece que foi a substituição do Pelé pelo Macalé!
Como diria o Mestre jornalista Rogério Perez: “menos gente, muito menos!”.
A conquista do Atlético se deve a um único fator: a superioridade individual do Galo, que só fez essa campanha ruim em quase todo o campeonato porque tinha um técnico completamente fora de compasso com a atualidade do futebol.
Em poucos dias de trabalho, Gabriel Milito se informou do que estava se passando, escalou os jogadores certos nos lugares certos, deu uma “injeção” de raça na turma e pronto; missão cumprida.
Também, é preciso ter cuidado com este Atlético. A imprensa nacional o coloca como um dos favoritos aos títulos brasileiro e da Libertadores. Mantenho um pé atrás. As derrotas sofridas no Mineiro precisam servir como alerta permanente.
A defesa continua frágil, sem lateral direito e sem um zagueirão confiável. Não sei se o Milito dá conta só com este grupo que foi montado por Felipão.