Chico Maia na cobertura do Mundial de Clubes da FIFA nos EUA

Chico Maia – O novo mundial de clubes. Acompanhe também no @chicomaiablog

Escrevo esta coluna em Orlando/Flórida, nos Estados Unidos, região onde começa esta semana o Mundial de Clubes, em novo formato, batizado pela FIFA como Copa do Mundo de Clubes.

Em verdade é uma prévia da Copa de seleções de 2026, que será realizada aqui, no México e Canadá no próximo ano. Quando planejei essa cobertura, ano passado, tinha em mente que o Atlético seria um dos representantes da América do Sul, pois acreditava que ele pudesse ganhar a Libertadores. Mas o campeão foi o Botafogo, com justiça, e aqui está o time da estrela solitária, junto com o Fluminense, Palmeiras e Flamengo, os últimos campeões do continente.

Testes e mais testes

Esta competição substitui também a Copa das Confederações, que vinha sendo realizada como ensaio geral das Copas, um ano antes de cada Mundial. Testam-se novas formas de vendas de ingressos, logística, normas dentro e fora de campo, segurança, tecnologias, enfim, a cada edição de uma Copa do Mundo, surgem novidades, que depois de testadas e aprovadas entram para os “protocolos” do futebol mundial.

Vai bombar

Nos aeroportos já se sente o clima do que teremos em 2026: muita gente se deslocando para ver seus times de perto. Em Confins me encontrei com o Paulinho Starling, cuja origem da família é América, porém, ele torce para o Botafogo desde criança, mesmo sendo belorizontino “da gema”, acompanhado do filho, Rafael

Outro que está saindo de Minas para torcer para o Botafogo, junto com o filho, é o jornalista e publicitário Marcos Guiotti, ex-Globo/CBN.

No aeroporto Tucumén, na Cidade do Panamá, onde meu voo da Copa Airlines fez escala, centenas de palmeirenses, flamenguistas e tricolores, fazendo festa, a caminho de uma das cidades sedes em que seus times vão jogar. Se neste torneio de clubes a movimentação está assim, imagine na Copa do Mundo.

Máquina de dinheiro

O futebol é uma grande oportunidade para as pessoas viajarem, fazer turismo, conhecer lugares e outras pessoas, e os países anfitriões de 2026 oferecem todas as condições para receber milhões de todas as partes do planeta: muita oferta de companhias aéreas, hotéis e outros meios de acomodação, atrativos turísticos e custos convidativos.

Não é preciso ser rico pra curtir uma Copa do Mundo presencialmente em países como esses.

Bem diferente da Copa de 2002, por exemplo, no Catar, em que tudo era muito caro e cheio de dificuldades logísticas e culturais.

Em termos

Quando digo que não é preciso ser rico pra ir a uma Copa do Mundo, claro que não estou dizendo que não precisa ter dinheiro. As coisas estão cada vez mais caras em todo lugar, começando conosco, em Minas. Os preços no Aeroporto de Confins fazem com que já nos sintamos no exterior: uma tulipinha de chope, por exemplo, da Heineken, está a R$ 27.

Preço semelhante aos dos cobrados aqui, em Orlando, Miami e adjacências. Na Europa, a mesma “tulipinha” custa de 5 a 10 euros (32 a 64 reais). No Canadá, custos parecidos com os dos EUA e mais baratos em vários itens. No México, tudo muito mais barato. Ou seja, marcar presença na próxima Copa será muito mais em conta do que nas futuras.

Enrascada

A entrevista coletiva do Rafael Menin foi um atestado de que ele e demais donos do Atlético, não são do ramo do futebol, e que  estão numa encruzilhada, ainda sem saber o que fazer: enfiar a mão no bolso (tipo o que está fazendo o Pedrinho no Cruzeiro), ou se passam a bola para primeiro endinheirado que aparecer.

Em resumo, tudo que achavam que era o Atlético e o mundo futebol, quando assumiram o clube, era outra coisa e eles quebraram a cara.

O patrimônio do Galo se foi, como o Shopping Diamond Mall, por exemplo, que era uma enorme fonte de renda. As promessas de que em cinco anos o Atlético seria um dos clubes “mais poderosos do “mundo”; de que teríamos “quatro Hulks”, por ano e etecetera e tal…, devaneios!

Dívida nas alturas, time “meia pedra, meio tijolo” e sem perspectivas positivas.

Que situação

O Atlético e a maioria dos clubes de futebol sempre viveram essas gangorras administrativas e financeiras, alternando grandes e péssimos dirigentes. Mas, quando algum presidente passava dos limites, na incompetência ou suspeições, o Conselho Deliberativo, pressionado pela torcida e imprensa, tirava o sujeito, como fez com o Paulo Cury. Ou quando o dirigente sentia que não daria conta, renunciava, como o fez o Ziza Valadares.

Mas agora é diferente, pois esses dirigentes são donos, do clube. Só saem se quiserem, e quando quiserem!

Que enrascada!

Mas, pelo menos essa entrevista serviu para inspirar memes de todos os tipos, inclusive lembrando clássicos do humor brasileiro, como a Escolinha do Professor Raimundo (personagem Rolando Lero), A Grande Família, os Trapalhões e tantos outros que estão nas redes sociais.

Grande lateral

Que bom rever o Barrão (direita), com a esposa Imaculada, no Empório Matuto, o bar do Warley Squarant (em pé, com a irmã e braço direito Ruth), no Iporanga II. À squerda, a filha e o genro do Barrão, que foi um ótimo lateral direito nos tempos em que o nosso Democrata estava no futebol amador da cidade, campeão em 1972. Ele foi um dos meus primeiros entrevistados, em 1974, quando começava como repórter na Rádio Cultura.

No próximo

Uma pena que o Matos & Matos, um dos melhores bares “raiz” da cidade, não estará no festival Sabor de Bar, que começa daqui uns dias. Maurício (foto) e o Pretinho, sempre têm maravilhas nessas panelas manobradas por eles, como essa língua de boi, pronta pra ser devorada com este pão.

No início da Rua Uberlândia, em frente a Igreja São José.

Em Munique

Sete Lagoas esteve representada na final da Champions League, em que o PSG deu de 5 a 0 na Inter de Milão. Dr. Dênis Abreu, supervisor jurídico do Sicoob/Credisete, vestiu a camisa do Cruzeiro e se juntou aos franceses no metrô que os deixou na Allianz Arena, em Munique, um dos estádios mais bonitos do mundo.

Ecos do Passado

De novo estou numa cobertura de futebol nos Estados Unidos pelo SETE DIAS. Lembrando desses queridos companheiros com quem estive na Copa de 1994. Eu, a Fabíola Colares (que nos deixou ano passado), mestre Rogério Perez (que se foi em 2022) e o Roberto Abras, que está firme e forte, ativo em seu perfil no Instagram.

Essa foto foi no centro de imprensa do estádio Rose Bowl, no dia da final da Copa, entre Brasil e Itália.