A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações sobre o caso de intoxicação alimentar registrado em uma padaria do bairro Serrano, na região Noroeste de Belo Horizonte. O padeiro e o proprietário do estabelecimento foram indiciados e vão responder por homicídio culposo, lesão corporal grave e por vender produtos impróprios para consumo.

O episódio ocorreu no dia 21 de abril de 2025, após a venda de uma torta de frango contaminada. Três pessoas foram intoxicadas: uma senhora de 75 anos, que morreu depois de mais de um mês em coma, e um casal de sobrinhos, de 23 e 24 anos, moradores de Sete Lagoas, que sobreviveram, mas ficaram com sequelas graves.
A perícia descartou a hipótese de intoxicação pela bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, e apontou falhas graves de higiene e armazenamento como causa da contaminação.
Elyenni Celida da Silva, delegada responsável pelo caso, destacou a negligência do estabelecimento. “A padaria não tinha nenhuma preocupação com as condições de higiene no armazenamento, produção e manipulação dos alimentos que eram vendidos. Os alimentos não estavam devidamente acondicionados, havia mistura de alimentos crus com já preparados, produtos destampados e sem refrigeração adequada. Chegamos a encontrar carne armazenada junto com verduras”, afirmou.
As investigações também revelaram que a padaria não possuía licença da prefeitura nem alvará de funcionamento.
Com base nas conclusões, a Polícia Civil indiciou o proprietário e o padeiro, que agora responderão judicialmente pelos crimes.