sábado, 29 de junho de 2024

Casa de Acolhimento às Mulheres Vítimas de Violência torna-se realidade com doação da Cimentos Nacional

Entrega simbólica de R$ 150 mil pela Cimento Nacional marca início das atividades; recurso foi conseguido por intermediação do vereador Caio Valace

Na manhã desta segunda-feira, 24 de junho, um evento histórico foi realizado a favor das mulheres: a entrega simbólica de um cheque no valor de R$ 150.000,00, doado pela Cimento Nacional, para dar início às atividades da Casa de Acolhimento às Mulheres Vítimas de Violência. Este marco representa um importante passo na luta contra a violência à mulher na cidade, sendo realizado um mês antes do Agosto Lilás, campanha que visa divulgar a Lei Maria da Penha. Os recursos foram garantidos por intermédio do vereador Caio Valace.

Cimento Nacional faz doação de R$ 150.000,00 para início das atividades da Casa de Acolhimento à Mulher Vítima de Violência

Amanda Lara, gerente de Responsabilidade Socioambiental da Brennand Cimentos, destacou a importância da iniciativa. “Hoje, estamos aqui na Câmara a convite do Caio para fazer a entrega simbólica desse cheque que vai viabilizar a Casa de Acolhimento em Sete Lagoas. A Cimento Nacional está orgulhosa de poder compartilhar e participar deste momento. Agora, as mulheres terão um local para se abrigar até terem um direcionamento social junto à Secretaria da Mulher e outros órgãos competentes. E que esse seja um projeto piloto de sucesso para que no futuro não seja necessário mais a casa abrigo porque as mulheres estarão protegidas dentro dos seus lares.”

O evento de entrega simbólica, realizado na Câmara Municipal, contou com a presença de coletivos de mulheres da cidade, de representantes do Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e da Secretária Municipal da Mulher, Karine Araújo. Anna Cecilia, representante do Conselho ressaltou a importância da parceria. “Essa casa foi viabilizada a partir de uma parceria entre Cimento Nacional e o município, por meio do vereador Caio Valace, nosso parceiro nessa luta. Nosso agradecimento em nome do conselho à viabilidade dessa casa”.

Para o vereador Caio Valace, esse é um dos projetos mais importantes desenvolvidos por ele. “Hoje, demos um passo gigante na proteção das mulheres de Sete Lagoas. Os recursos financeiros que consegui com a Cimento Nacional possibilitaram a implantação da Casa de Acolhimento das Mulheres Vítimas de Violência e seus Dependentes. É uma vitória da comunidade e mostra o poder das parcerias entre o setor público, seus agentes e a iniciativa privada. Nosso objetivo é garantir que nenhuma mulher sofra em silêncio e tenha um lugar seguro para recomeçar. Esse é um passo, mas não é o único. Vamos continuar trabalhando e lutando para que os direitos das mulheres sejam respeitados”, afirmou.

Violência contra a Mulher em Sete Lagoas

A Casa de Acolhimento das Mulheres Vítimas de Violência em Sete Lagoas promete ser um espaço essencial para aquelas que sofrem violência, oferecendo um espaço seguro e acolhedor onde poderão reconstruir suas vidas. Essa é uma importante iniciativa para garantir o início de um futuro mais seguro e justo para mulheres vítimas de violência.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), somente em 2024, cerca de 77% dos casos de violência que ingressaram na rede hospitalar de Sete Lagoas foram de mulheres. Foram notificados 70 casos, dos quais 56 ocorreram em residências, evidenciando que a violência doméstica é uma preocupação urgente. A violência física é predominante, com 39 dos 70 casos sendo agressões físicas, 32 delas contra mulheres. Além disso, há 8 casos de violência sexual, todos envolvendo mulheres. Em Sete Lagoas, a maioria dos crimes sexuais ocorre em casa, com 87,5% das vítimas sendo mulheres.

“Hoje é um dia importantíssimo para as mulheres de Sete Lagoas. Enfim, as mulheres da cidade que são agredidas por seus maridos, companheiros ou filhos poderão ter um lugar onde serão acolhidas, abraçadas e onde poderão ficar longe de seus agressores e começar uma nova vida. O objetivo é que essas mulheres sigam suas vidas com a liberdade que têm direito”, destacou a jornalista Márcia Raposo, defensora das mulheres que também participou do evento.