Em entrevista à jornalista Roberta Lanza, o multifacetado vocalista da banda Toten de Luar fala sobre sua jornada no humor e na música, além de seu compromisso com a saúde mental através do projeto “Enquanto Houver Sol”.
Por Roberta Lanza
Carlos Chu é um nome que reverbera em Sete Lagoas. Conhecido principalmente como o vocalista da banda Toten de Luar, que desde 2005 presta tributo ao lendário Raul Seixas, Chu não se limita à música. Ele é um verdadeiro apreciador das artes e, nos últimos anos, encontrou no stand-up comedy uma nova forma de expressão, transformando suas vivências em humor. Além disso, seu compromisso com o bem-estar vai além dos palcos, como demonstrado pelo projeto “Enquanto Houver Sol”, uma iniciativa voltada ao acolhimento de pessoas com depressão e à valorização da vida.
Sua trajetória é marcada pelo talento, versatilidade e dedicação, tanto na música quanto na comédia. Chu já apresentou seu texto autoral “O Bobagento” em diversos bares de Sete Lagoas e, em 2024, aceitou o desafio de se apresentar em Belo Horizonte, na casa de comédia “Copo Sujo”, em noites dedicadas a novos comediantes. Paralelamente, ele equilibra sua vida pessoal como pai, marido e trabalhador da indústria farmacêutica, sempre com o objetivo de proporcionar sorrisos e aliviar as tensões do cotidiano.
Em entrevista à jornalista Roberta Lanza, Carlos Chu nos conta como a comédia entrou em sua vida, o que significa ser comediante, suas inspirações para os shows e um pouco mais sobre sua trajetória.
Como a comédia entrou na sua vida?
Na verdade, a comédia entrou na minha vida já na infância, no ambiente familiar. Quase todos os meus tios e tias são pessoas muito engraçadas e carismáticas de uma forma muito natural. Além disso, a TV e o rádio tiveram grande influência. Cresci assistindo “Os Trapalhões”, com o nosso querido conterrâneo Zacarias, e consumindo tudo que o Chico Anysio fazia. Também curtia muito o Matuto Barnabé e o Geraldinho da “Bicicleta”. Minha vida toda eu respirei comédia.
O que significa para você ser comediante?
Hoje, é um grande desafio. Antes, eu sempre postava coisas que achava engraçadas nas redes sociais. Agora, além de ser uma diversão, é um grande desafio. A responsabilidade de fazer as pessoas rirem é algo que levo muito a sério.
Onde você busca suas inspirações para os shows?
Minhas primeiras inspirações vêm sempre do cotidiano. São fatos que já ocorreram na nossa caminhada, sempre buscando o lado cômico da história e abusando do exagero. Há quem diga que até distorço os fatos, mas tudo é para trazer um sorriso ao rosto de quem me assiste.
Conte um pouco sobre sua trajetória de vida.
Sou filho de mãe solo e fui criado por ela, junto com meus quatro irmãos. Vivi toda minha vida no bairro Nova Cidade. Sempre gostei muito de arte, tanto que sou mais conhecido em Sete Lagoas pelo trabalho voltado à música, principalmente com a banda Toten de Luar, que é um tributo a Raul Seixas. Mas sempre gostei de escrever, seja poesia, música, histórias, contos e agora piadas. Hoje, vejo no stand-up uma grande oportunidade de criar e me divertir fazendo arte. Além disso, trabalho na indústria farmacêutica, o que me dá muito orgulho, porque lido diretamente com algo que envolve a saúde das pessoas. Tenho também um projeto chamado “Enquanto Houver Sol”, que é voltado para o acolhimento de pessoas com depressão e para a valorização da vida. Esse projeto foi idealizado junto com minha grande amiga Érica Ávila.