Cientista Político, Atleticano
Meu pai sempre dizia que a seleção de 1958 foi a melhor equipe de futebol já formada!
Para muitos, a de 1970 foi a maior e a mais importante!
Entretanto, é inacreditável a quantidade de estrangeiros que dizem que foi a Seleção de 1982 que os tornou apaixonados pelo futebol brasileiro!
Que timaço!!!
Esse time me fez ser um apaixonado pelo futebol.
Aos 15 anos, meus olhos marejavam de incredulidade ao ver a derrota para a Itália. Eita tarde difícil aquela!
Os jogos na minha rua eram assistidos na nossa casa. A casa dos meus pais, que concatenava a loucura pelo futebol.
Doces e amargas lembranças. Senti falta do Reinaldo e do Raul nessa Seleção. . .
Nunca mais tive prazer em assistir jogos da Seleção Brasileira. Minha seleção é o galo, amo, odeio, amo de novo e vou sempre aos jogos com a certeza que o galo vai ganhar.
Até hoje sonho com o momento do 3° gol do Paolo Rossi. Várias vezes entrei no campo do Sarriá para empurrar o Júnior e deixar o atacante italiano em impedimento, mas na hora H, algo acontece e imediatamente me vejo estarrecido enfrente a Panasonic Color na sala da nossa casa e eu junto aos amigos da infância assistindo aquele horror da janela que dava para o alpendre.
O único consolo foi ler no dia seguinte no Jornal do Brasil a belíssima coluna do Poeta Maior Carlos Drummond de Andrade, cujo titulo era: Perder, Ganhar, Viver. No final ele dizia: (…)“O mundo não acabou. Nem o Brasil, com suas dores e bens. E há um lindo sol lá fora, o sol de nós todos” (…)
