sábado, 27 de julho de 2024

Audiência pública debateu doenças inflamatórias intestinais e o atendimento prestado em Sete Lagoas

Na noite de segunda-feira (27/05), a Câmara Municipal de Sete Lagoas realizou uma audiência pública para discutir o “Atendimento Prestado pelas Unidades de Saúde de Sete Lagoas – Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs)”. O evento, requerido pelo vereador Rodrigo Braga, faz parte da campanha Maio Roxo, que visa conscientizar sobre as DIIs, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).

As DIIs, que afetam o trato gastrointestinal, têm aumentado significativamente no Brasil. A campanha busca alertar a população e os profissionais de saúde sobre essas doenças, cuja prevalência subiu 15% entre 2012 e 2020, de acordo com um estudo da PUC do Paraná. A prevalência atual é de 100 casos por 100 mil habitantes, com maior incidência nas regiões Sudeste e Sul do país.

Durante a audiência, o vereador Rodrigo Braga enfatizou a importância de discutir o tema e a preparação das unidades de saúde para atender pacientes com DIIs. “Fui procurado há dois anos por uma associação de pessoas que sofriam dessa patologia. Na ocasião, não tínhamos uma política de acolhimento e tratamento para esses pacientes e seus familiares. Criamos a Lei Maio Roxo, que foi aprovada na Câmara, e realizamos esta audiência pública para tratar do tema. Do debate surgiram pedidos de providências, requerimentos e a formação de uma comissão para continuar discutindo o assunto e buscar soluções para que o acolhimento e tratamento sejam realizados em Sete Lagoas, uma vez que atualmente só há tratamento em Belo Horizonte, obrigando os pacientes a se deslocarem para a capital mineira”, explicou Rodrigo Braga.

As DIIs mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, afetando principalmente adolescentes e jovens adultos. Os sintomas incluem diarreia prolongada, cólicas, sangue nas fezes, perda de peso e cansaço. Em casos graves, podem ocorrer anemia, febre e desnutrição.

Embora não tenham cura, as DIIs podem ser controladas com medicamentos e uma dieta adequada, orientada por médicos e nutricionistas. A campanha também lembra os médicos da importância de realizar exames como a colonoscopia para um diagnóstico correto.