Executivo negociou e fechou acordo bilionário com credores

Atualmente o sete-lagoano Alexandre Nogueira é o Diretor Executivo (CEO) da Light, principal companhia de energia do estado do Rio de Janeiro. Ele foi destaque na imprensa nacional ao negociar e fechar um acordo de 4,9 bilhões com os credores.
Alexandre Nogueira é filho da saudosa Elma França Nogueira e neto do também saudoso José Figueiredo Nogueira. Proveniente de uma das famílias mais tradicionais na cidade. Ele mudou para o Rio e lá fez sua carreira de sucesso empresarial, sendo hoje um dos gestores mais importantes do Brasil.
Confira a matéria publicada na Folha de São Paulo:
“Em recuperação judicial, Light assina acordo com bancos credores e debenturistas
Acerto das condições de pagamento faz parte do plano de socorro da companhia
Stéfanie Rigamonti – SÃO PAULO
Em recuperação judicial, a Light Holding, que faz parte do Grupo Light, fechou acordo nesta quinta-feira (11) com os bancos credores e gestores de fundos titulares de debêntures emitidas pela companhia para acertar as condições de pagamento de suas dívidas bilionárias, disseram à Folha pessoas a par das negociações.
Os termos serão submetidos à assembleia de credores da Light que ocorrerá no dia 25 de abril.
No acerto com os bancos, estão Bradesco, Itaú, Santander e Citi, que detêm juntos R$ 800 milhões em dívidas da geradora de energia da Light. O valor representa 44% do total dos débitos da companhia.
Mas uma pessoa envolvida nas negociações disse que o acordo com os debenturistas é ainda mais importante do que o com os bancos credores porque eles têm força de aprovar, sozinhos, o plano. A dívida da Light com os debenturistas soma cerca de R$ 4,9 bilhões.
No ano passado, a Light chegou a acionar a Justiça do Rio de Janeiro denunciando a “lastimável conduta” de agentes fiduciários, responsáveis por defender e assegurar os direitos dos debenturistas.
Em petição enviada à 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do RJ, a Light alegou que os agentes fiduciários vinham adotando “postura agressiva e pouco colaborativa”, prejudicando as negociações dos debenturistas com a companhia de energia.
O acordo, portanto, encerrará meses de discussões e desentendimentos sobre o pagamento a essa classe de credores da companhia.
O acerto com os debenturistas diz respeito apenas à distribuidora Sesa, embora quem esteja em recuperação judicial seja a holding do grupo, e não a distribuidora. Ocorre que a lei não dá a concessionárias de serviço público a possibilidade de pedir socorro à Justiça para equacionar dívidas.
Para driblar esse obstáculo, a Light formulou o pedido por meio de sua holding, que controla a distribuidora de eletricidade que abastece parte do estado do Rio de Janeiro e empresas de geração e comercialização de energia.
Dentro do acordo com os debenturistas está prevista uma capitalização de R$ 1,5 bilhão na Light, sendo R$ 1 bilhão ancorado pelos acionistas de referência.
O preço de conversão será R$ 6,29 por ação, calculando uma média de 60 dias anteriores a 23 de fevereiro de 2024, um ágio de 18,7% ante o preço do papel no fechamento do mercado nesta quinta.
Os créditos dos debenturistas referentes ao período entre 12 de maio de 2023, data do pedido de recuperação judicial da Light, e a homologação do plano de recuperação judicial da companhia serão corrigidos a 50% da remuneração inicialmente prevista ou até o limite de R$ 405,5 milhões —o que for menor.”
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Da Redação