O prefeito Duílio de Castro e o empreendedor Rodrigo Ribeiro Barbosa estiveram no loteamento industrial Eco 238, na quarta-feira passada, 3 de julho, para anunciar um projeto que vai mudar o patamar econômico da cidade: a empresa Campo de Bagatelle anunciou a construção de um aeroporto no complexo localizado às margens da rodovia MG-238, bem próximo de grandes empresas como AmBev, Iveco e Ompi do Brasil.
O projeto do aeroporto impressiona e a terraplanagem da pista de 1.400 metros de extensão será iniciada nos próximos dias. A proposta prevê uma pista plana com cabeceiras livres, hangar com salas vip, áreas de espera, suítes para pilotos e áreas de manutenção e abastecimento de aeronaves. “A ideia é colocar Sete Lagoas no mapa aeronáutico brasileiro. Trazer para o município riqueza, tecnologia, emprego, renda e, com isso, a cidade cresce como um todo”, avaliou Rodrigo Ribeiro Barbosa, que será o responsável pela obra.
O aeródromo para aviação executiva terá uma pista de 1.400 metros e vai contar com 20 hangares, com capacidade para 200 aeronaves. A estimativa é de que já na fase inicial do projeto, sejam recebidos 70 aviões. O empreendimento, inclusive, já foi autorizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).
De acordo com o executivo, a construção da pista deve consumir por volta de R$ 16 milhões e um hangar em torno de R$ 4 milhões. Ele estima que, pelo menos, um hangar deve ser finalizado até o fim de 2025. “Os hangares demandam de seis a oito meses de construção”, conta. Barbosa diz que o empreendimento tem como foco a excelência, com o objetivo de ser uma das melhores pistas privadas do País. “Do Estado de Minas Gerais será, com certeza”, destaca.
Outro foco do aeródromo Campo de Bagatelle, em Sete Lagoas, segundo o diretor de desenvolvimento e sócio da Aurea Finvest (idealizadora do projeto), André Pompeu, é absorver a demanda provocada pelo fechamento do aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte.
“Muitas das aeronaves que estavam na capital mineira tiveram que ser deslocadas para locais distantes. A cidade de Sete Lagoas vai se tornar a melhor opção de aviação executiva para quem está na região metropolitana de Belo Horizonte”, destaca.
Ele acrescenta que a ideia é oferecer alternativa mais próxima e que gere redução de custo para os proprietários de aeronaves. Além das obras da pista, dos equipamentos e da construção de um FBO (Fixed-Based Operator ou operador de base fixa, que contempla um terminal aéreo privado para o embarque e desembarque de passageiros, além de serviços aeronáuticos, como hangares de aeronaves, manuseio e área de operações de voo), o executivo destaca que o espaço vai permitir a instalação de um leque de oportunidades relacionadas à aviação, como oficinas especializadas, escolas técnicas, postos de abastecimento e centros comerciais.
O novo empreendimento está sendo considerado a “cereja do bolo” para a atração de investimentos para o município. “Uma notícia excelente para Sete Lagoas que reflete em toda região. Este aeroporto com uma estrutura completa e moderna vai criar melhores condições para investidores que pretendem trazer indústrias inovadoras para nossa cidade. Seremos um verdadeiro polo aeronáutico”, comemorou o prefeito Duílio de Castro. Para o Chefe do Executivo, a cidade tem características próprias que a tornam atrativa para diversificados investimentos. “Porém, projetos ousados e inovadores como este impulsionam ainda mais esta vocação”, completou.
GARAGEM DE AVIÕES
Além do aeródromo, o projeto da Aurea Finvest inclui um loteamento de casas tipo fly-in na região, com vias que permitem o deslocamento dos aviões até as garagens das casas. O investimento total é estimado em R$ 100 milhões. Os lotes serão de 2 mil metros quadrados, e esta fase do projeto será lançada em 2025.
O Grupo Veredas, responsável pela construção, realizará tanto o aeródromo Campo de Bagatelle quanto o loteamento residencial. Estes projetos estão situados em uma área de 7,8 milhões de metros quadrados em Sete Lagoas. A Aurea Finvest também está desenvolvendo no local um condomínio logístico e industrial, o ECO 238, que já tem 70% de sua primeira fase ocupada e nove indústrias se instalando.
Sabia mais sobre o aeroporto,
que deve ficar pronto em 12 meses
O empresário Rodrigo Ribeiro contou mais detalhes sobre o empreendimento. Em Sete Lagoas, ele está à frente do Grupo Veredas, que edificou o Residencial Veredas e segue em obras com o Residencial Veredas do Campo, praticamente pronto e já em comercialização. Atualmente, o grupo comandado pelo empresário Rodrigo Ribeiro está iniciando as obras do Floratta da Serra, um loteamento que fica aos pés da Serra de Santana Helena, em Sete Lagoas. A seguir, o e empreendedor deu mais detalhes sobre o aeroporto, que será destinado, principalmente, a proprietários de aeronaves de pequeno e médio porte que buscam infraestrutura de primeira linha, sem burocracia e com valores mais atrativos do que os atualmente oferecidos em outros aeródromos:
Qual será o perfil deste aeroporto?
O aeroporto será executivo e privado, destinado a aeronaves de pequeno e médio porte. O objetivo é proporcionar serviços de transporte de passageiros, manutenção de aeronaves, abastecimento, entre outros.
Quem é o público-alvo?
Nosso público-alvo inclui proprietários de aeronaves de pequeno e médio porte que buscam infraestrutura de primeira linha, sem burocracia e com valores mais atrativos do que os atualmente oferecidos em outros aeródromos. Além disso, atendemos empresários, entusiastas da aviação, estudantes de aviação, e empresas de manutenção e abastecimento de aeronaves.
Quais são as principais fontes de financiamento para a construção do aeroporto?
A construção do aeroporto será financiada 100% com recursos próprios e privados.
Como é estruturado o orçamento para um projeto como este?
O orçamento é estruturado em duas partes principais: custos burocráticos, incluindo aprovações necessárias, e custos da obra propriamente dita.
Quais critérios foram considerados na escolha do local para o aeroporto?
A escolha do local foi baseada na proximidade com Belo Horizonte, facilitando o acesso a um grande centro urbano. Além disso, consideramos o acesso facilitado e a topografia adequada para a construção.
Quais são os impactos ambientais previstos?
O terreno atual é um pasto, parte de uma fazenda. Serão suprimidas apenas 42 árvores para a execução da pista, e a região não é populosa, resultando em um impacto mínimo para a população.
Quais são os prazos estipulados: início das obras, etapas e conclusão?
As obras de execução da pista devem começar nos próximos 60 dias e durar cerca de 12 meses. Em seguida, será construído um Hangar FBO com infraestrutura completa, incluindo hangar para aeronaves, sala VIP, salas de reunião, suítes para pilotos, entre outras comodidades. Já temos a aprovação do Ministério da Aeronáutica/DECEA para a pista.