sábado, 26 de outubro de 2024

Abaeté consternada pela morte de Roberto Vilas Boas

Roberto Vilas

Empresário, de família tradicional e muito querida em Abaeté, Roberto Vilas (60 anos) não resistiu a problemas decorrentes de uma cirurgia bariátrica faleceu ontem à noite em Belo Horizonte.

Roberto tinha muitos amigos também em Sete Lagoas, já que é irmão de Lia Vilas Boas, esposa do Geraldo Celso Abreu (Celso do Banco do Brasil), tio de Bruno e Alessandra Vilas Boas.

O velório começou às 8h30, no Zelo, em Abaeté e o sepultamento será às 17h30.

O jornal SETE DIAS se solidariza com a família e amigos do Roberto e manifesta enorme pesar por essa triste notícia.  

Roberto Vilas Boas (esq.), com a esposa Simone, a filha Patrícia e o genro Marcelo

O advogado e ex-vereador em Abaeté, Renato Campos, também conhecido como “Bsurdo”, antigo amigo da família Vilas Boas, escreveu uma homenagem de despedida:

“NÃO É UM ADEUS”
E agora Roberto?
Deus num pode ta errado, então ta certo.
Mais sem aviso, sem despedida?
Não tem como, não notar sua partida.
São mais de quarenta anos,
Pra de repente perdê,
Vi ocê namorá, casá, seus menino nascê,
Mais nunca pensei que tão cedo,
Fosse ver ocê morrê.
Tamo aqui perdido, sem sabê;
Sempre foi tudo junto;
Agora, o que vai acontecê?
Irmaõs na alegria, mas tamém na tristeza e dor;
E amanhã Gordo, como vai sê?
A sua risada,
A pinga quemada.
-Bsurdo, vai quemá uma pinga pra nóis não?
-Já vô Gordo.
-Então ta bão.
-Vamo mexê moçada
Mexê como Gordo? Sem ocê?
De que jeito? Com o que?
Que dor amigo, que saudade;
Queria acordar e não ser verdade.
Tomara que a gente supere,
Porque é muito mais que uma amizade.
É muita estrada cortada,
Uma vida , só de cavalgada.
Vamo chorar muito, mais ta bão;
Não é primeira
veiz, nem a última tamém não.
Vai Gordo, então.
Mais chega chegano,
Que o Céu é lugar de trovão,
Acorda São Pedro,
Arrasta a espora no chão,
Abraça seu pai e sua mãe,
Grita o Murilão,
Manda buscar um rebate,
Porque de viagem, chegou o Robertão.
Nóis, vamo ficar aqui, um monte de gente chorando,
Que é de partir o coração.

Vai mesmo Gordo,
Se quer saber duma coisa,
Então vou dizê,
Esse mundo aqui,
Sempre foi muito pequeno procê.
Vai ajeitano aí,
Varreno o terrero, arruma um mutirão,
Já pode marcar lugar,
De arrumar o meu cochão.
Solta a rédea puta gorda.
Preocupa com nóis não.
Dexa que damo um jeito;
Vamo te carregar sempre ,
No fundooo, la dentroo do peito.

Tomara ocê embaraçar na unha gato bastante, até chegar no Céu.”

  • Renato Campos (Bsurdo)
Roberto (camisa azul) entre os irmãos e irmãs. A partir da esquerda, Lia, Ana, Juninho, Roberto, Isabela (sobrinha), Valdir, Luiz , Ivan Lauri e Vanda