A maior de todas as Olimpíadas

por CHICO MAIA (de Paris – Olimpíadas 2024)

Assim como a “maior de todas as Copas do Mundo”. A cada edição, todo promotor do evento alardeia como se aquele fosse o maior e melhor da história. Em alguns casos, sim, verdade, mas em que aspectos a serem considerados? Difícil dizer, o quê ou quem foi o melhor ou pior na promoção de eventos gigantes como esse.

Tudo “depende”

Em termos de organização, estrutura e receptividade, Paris já mostra sua competência há tempos. A França e as cidades além de Paris, que receberão jogos, são acostumados a realizar grandes eventos, comsucesso absoluto.

Quanto às disputas nas diversas modalidades e categorias, vai depender dos atletas, individualmente e nos esportes coletivos. Quantos recordes serão batidos, as novidades e frustrações, enfim, só esperar pra ver. 

Tudo pronto

Paris caprichou para receber delegações, imprensa e turistas. A cidade está com quase tudo pronto há um ano. Estive aqui ano passado e a praça da Torre Eiffel já tinha estúdios de redes de TV e estruturas do movimento Olímpico em funcionamento, transmitindo programas e servindo como ponto de apoio para a conclusão de arenas e espaços onde haverá competições, como o vôlei, atletismo, ginástica.

Gente de todo canto

Paris é a cidade mais visitada do mundo, o turismo é um dos pilares da economia da cidade e da França, por isso, deveremos ter recorde de público pagante na história dos Jogos. Gente do mundo inteiro dá “uma passada” por aqui, fica dois, três ou quatro dias, aproveita para ver qualquer competição dentro de uma arena qualquer, para matar a curiosidade, guardar o ingresso, enfim, ter história pra contar. Depois segue viagem para outro destino turístico, dentro da própria França ou algum país da vizinhança, como a Inglaterra, Bélgica e a Holanda.

De Minas e do Brasil

É o caso do casal brasileiro, mineiro, de Belo Horizonte, Alexandre Lage e Lanna, que vai assistir vôlei de praia, arco e flecha, e prova de salto do hipismo. Entre uma competição e outra vão dar uma chegada na Disney, que fica a 32 Km de Paris, e depois seguirá para Londres.

Futebol

Entre os homens o nosso continente contará com a Argentina e o Paraguai, já que a seleção brasileira pisou na bola e não se classificou. O time feminino, ainda contando com Marta, como a principal jogadora, mesmo aos 38 anos de idade, tem poucas chances, considerado azarão.

Time do Otamendi

A Argentina tem como treinador o ex-volante do Barcelona e Corinthians, Javier Mascherano. 

E três campeões mundiais no Catar em 2022: zagueiro Otamendi – ex-Atlético, o meia Thiago Almada e o atacante Julián Álvarez. É permitido que toda seleção tenha três jogadores acima da idade limite de 23 anos. Messi nem pensou em topar. Quer e tem grande chance de estar na Copa de 2026.

Os argentinos estão no grupo B, que vai enfrentar na primeira fase, o Marrocos, Iraque w Ucrânia. O Paraguai está no grupo D, com Japão, Mali e Israel.

Brasil, fora

Interessante é que a seleção brasileira é a atual campeã olímpica. Venceu a final contra Espanha nos Jogos de Toquio em 2021. Quase o mesmo time espanhol que foi campeão da Eurocopa, semanas atrás, com grandes nomes revelados.

O Brasil não revelou ninguém e fez feio na Copa América deste ano, disputada nos Estados Unidos e vencida pela Argentina.

Estádios do futebol

O futebol será disputado em sete estádios na França: Parque dos Príncipes, em Paris, Bordeaux, La Beaujoire, em Nantes, Lyon, Marseille, Nice e Saint-Etienne.

Goleira do América

A seleção feminina brasileira tem jogadora do América: a goleira Tainá, 29 anos, nascida em São Paulo. O time enfrenta na fase de grupos a Nigéria, Japão e Espanha. Apesar de poucas chances nesta edição, o time brasileiro tem duas medalhas de prata, nos Jogos: Atenas-2004 e Pequim-2008. Em 2021, foi eliminado pelo Canadá nas quartas de final, nos pênaltis.

pós empate em 0 a 0. Presente em todas as sete edições do torneio feminino, a seleção brasileira sempre passou, ao menos, da primeira fase.

O técnico é o paulista Arthur Elias, conhecido por grande trabalho no Corinthians.

Confins com preços de Paris

Com o euro a seis reais tudo na Europa realmente soa como caro para brasileiros, principalmente na França. Porém, a gente já começa a se preparar no aeroporto de Confins, onde um pão de queijo e um café cappuccino ficam em R$ 26,00, ou 3,3 euros.

Se bem que o fotógrafo do Estado de Minas, Leandro Couri, tomou um susto quando pediu uma garrafa pequena de água mineral, no desembarque no Aeroporto Charles De Gaulle e pagou 3,50 euros, ou R$ 6,00.

Bife a R$ 126,00

No restaurante simples, perto do airbnb onde estou hospedado, no bairro La Villette, o prato básico, “entrecote”, que é a mesma coisa que que um bife, acompanhado de uma saladinha de tomate e couve, com um molho realmente muito bom, custa 21 euros (R$ 126,00).

Com uma “bière a la pression” (chope) antes, custando 6 euros (R$ 36,00), deixei 162 pratas no meu primeiro almoço nessa cobertura de Paris 2024.

Viva a tecnologia

Em toda Olimpíada ou Copa do Mundo a expectativa da imprensa e torcedores em torno da evolução tecnológica é enorme. Sempre há novidades para as competições e para o nosso trabalho. E há coisas muito recentes que já se parecem antigas, mas eu sempre me impressiono. Por exemplo: eu participando, por telefone/vídeo, do nosso podcast Prateleira de Cima, no YouTube, direto da sala VIP do Banco Safra, no aeroporto de Guarulhos, com os companheiros Regis Souto e Emanoel Ferreira, nos estúdios da InterRede, em Belo Horizonte. 

Gaúcho da Prateleira de Cima

Que prazer reencontrar o José Alberto Andrade, companheiro de tantas coberturas internacionais, também aqui em Paris, na Olimpíada. Excelente repórter e comentarista do fortíssimo Grupo RBS (Rádio Gaúcha, Jornal Zero Hora e parceira da Rede GloboTV), do Rio Grande do Sul.

Figura humana fantástica!

Rhauly e Filipe

Felicidades ao casal Rhauly e Filipe, nos preparativos adiantados para o casamento, como neste “chá de panelas”, que reuniu familiares e amigos de ambos. A partir da esquerda, Fabiano Abreu, Simone, Filipe, Rhauly, Flaviana Machado e Gilmar Maia.

Ecos do Passado

Durante a fase de grupos da Olimpíada de Atlanta’1996, o goleiro Dida, na época do Cruzeiro, e titular da seleção olímpica comandada pelo Zagallo, concede entrevista a mim (esq.) e ao saudosíssimo Rogério Perez, na época do jornal Hoje em Dia.

A Nigéria eliminou o Brasil na semifinal, depois de estar perdendo por 3 a 1. Empatou aos 45 do segundo tempo e venceu no “gol da morte” ou “gol de ouro”, nos minutos de prorrogação. E depois campeã em cima da Argentina.