por Chico Maia

Qualquer goleiro está sujeito a frangos, com direito a bola entre as pernas.

E todo grande fotógrafo precisa estar bem posicionado e clicar nos momentos certos (como diz o professor Eugênio Sávio/Foto em Pauta, fera no assunto), e como fez o meu conterrâneo, Átila Kassius, da Fluxo Press, de Sete Lagoas, a quem agradeço por sempre estar colaborando conosco, enviando sequências como essa, do infortúnio do Jori, catando cavaco, atrás bola, tentando evitar o gol.

Já a profissão de goleiro é terrível. Ninguém vai se lembrar de quem errou o passe que originou o primeiro gol do Galo, aos 7 minutos. Me parece que foi o Adyson.
Mas a falha do Jori todo mundo vai lembrar sempre!
Eu desisti de ser goleiro profissional aos 16 anos, após a reprovação num teste no Atlético. O técnico era o hoje Dawson Laviola, excelente treinador, ótima pessoa, de quem fiquei amigo depois. Demos boas risadas dois anos depois contando a história dessa bomba no meu teste. Aí eu já era repórter da Rádio Capital.
Ser goleiro não era pra mim. Além da estatura (1,76), eu era useiro e vezeiro em tomar gols como estes que o Jori tomou do Galo. Soltava bolas “bobas”, não saía bem do gol, às vezes demorava ir na bola, enfim… um verdadeiro “chama gol”.
Tinha jogo que eu pegava tudo, até pênalti, mas no fim da partida um adversário acertava a gaveta e meu time perdia de 1 a 0.
Mas, sempre gostei de futebol, era o meio que gostava de conviver. Sabia que todo grande time começa por um grande goleiro. Eu não me encaixava nessa e me tornei repórter, para cobrir futebol, que até hoje me fascina.
Possivelmente se o América tivesse investido R$ 1,5 milhão para que o Matheus Mendes jogasse essa final ele não teria tomado, principalmente, aquele primeiro gol, aos 7 minutos, que mandou a estratégia do técnico Willian Batista por água abaixo. Mas, dificilmente o Matheus faria milagres que evitassem pelo menos um gol do Atlético, que tem titulares e reservas superiores ao América, e que jogou muito mais futebol nessa goleada.
Os americanos não podem se abater ao ponto de achar que a temporada está perdida, como tenho visto muitos amigos torcedores do Coelho falando. Muito pelo contrário, o time está sendo bem montado. Saiu da Copa do Brasil para o Cascavel possivelmente pela soberba. Tinha acabado de eliminar o Cruzeiro e estava se achando.
Se perder este campeonato, estará perdendo para um dos clubes de maior investimento do país, que quer brigar pelo título da Série A. E que também não pode se empolgar por ganhar este campeonato, porque se trata do estadual, de nível técnico sofrível.
Força América, especialmente neste momento de ressaca moral por tomar de quatro.
O Coelho precisa de todos os americanos é agora, quando vai brigar por um dos quatro primeiros lugares da Série A.
Como dizia o repórter Bruno Azevedo, “Acredita América”!!!