O escritor e cronista Luis Fernando Verissimo morreu aos 88 anos, na madrugada deste sábado (30), em Porto Alegre (RS). Ele estava internado na UTI do Hospital Moinhos de Vento desde o dia 11 de agosto, e a causa da morte foi complicações decorrentes de uma pneumonia, informou a instituição.

Diagnosticado com doença de Parkinson em 2021, Verissimo também tinha histórico cardíaco e sofreu um AVC no mesmo ano. Em 2020, passou por uma cirurgia para retirada de um aneurisma.
Nascido em 26 de setembro de 1936, em Porto Alegre, era filho de Mafalda e do também escritor Erico Verissimo. Ao longo da carreira, publicou mais de 70 livros, com 5,6 milhões de exemplares vendidos, tornando-se um dos autores mais populares do país.
Verissimo também escreveu colunas para jornais como O Estado de S. Paulo e O Globo. Sua trajetória profissional começou em 1966, como revisor no Zero Hora, onde mais tarde assumiu outras funções jornalísticas. Em 1973, lançou seu primeiro livro, O Popular, que reuniu crônicas publicadas em jornal.
Obras marcantes
Entre os principais títulos de Verissimo estão:
- O Popular (1973) – estreia literária em forma de crônicas
- O Analista de Bagé (1981) – coletânea com o famoso personagem psicanalista gaúcho
- A Velhinha de Taubaté (1983) – sátira política sobre “a última pessoa que acreditava no governo”
- Comédias da Vida Privada (1994) – crônicas que inspiraram série de TV
- O Clube dos Anjos (1998) – romance sobre gula, parte da coleção Plenos Pecados
- As Mentiras que os Homens Contam (2000) – crônicas sobre cotidiano e relações humanas
- Borges e os Orangotangos Eternos (2000) – romance policial em homenagem a Jorge Luis Borges
- A Mesa Voadora (2001) – seleção de crônicas de humor
- Comédias para se Ler na Escola (2001) – coletânea voltada para o público estudantil
Com humor refinado, ironia e olhar crítico sobre o Brasil, Luis Fernando Verissimo se tornou um dos autores mais lidos e admirados da literatura nacional contemporânea.