Segundo balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) somente no primeiro mês de 2025 ocorreram 830 furtos de veículos em Belo Horizonte. O relatório de janeiro tem o maior número de registros deste tipo de crime dos últimos dez anos. Uma média de 27 furtos por dia.
Segundo os dados oficiais, em 2024, foram mais de 9.500 furtos de veículos. Gravações de câmaras de segurança exibidas em redes sociais comprovam que os bandidos estão agindo à luz do dia e, muitas vezes, cometem o furto com grande habilidade e em poucos minutos.
Além disso, quadrilhas especializadas utilizam equipamentos conhecidos como central veicular para cometer os crimes. Este foi o caso de dois homens que foram presos em flagrante nesta quinta-feira, na região noroeste de BH. O delegado José Luiz Quintão, da Divisão Especializada em Prevenção e Investigação a Furto e Roubo de Veículos Automotores (Deictran), detalhou como a dupla agia. “Eles utilizam um dispositivo chamado ‘centralina’, que é uma ferramenta eletrônica que controla vários sistemas do veículo e fica instalada no capô, (eles) acionam a ignição com qualquer objeto e levam o veículo com muita rapidez, sem despertar muito atenção da população e da polícia”, explicou o delegado.
Sete Lagoas e região também estão na rota dessas quadrilhas. No início deste mês a Polícia Civil desmantelou um grupo especializado no furto de caminhonetes de luxo da marca Hilux (foto). Os desmanche dos veículos era realizado em um galpão de Sete Lagoas. Durante a operação, foi encontrada uma Hilux clonada e peças de outros veículos, cuja venda poderia render até R$ 75 mil. A Polícia Civil estima que o valor total dos veículos depenados no local ultrapasse R$ 1,5 milhão. (Veja matéria aqui).
Para evitar prejuízos, especialistas indicam que uma saída para os proprietários de veículos é um plano de proteção veicular. Em Sete Lagoas e região, a principal referência do mercado é a Cooperlíder – Associação de Proteção de Veículos Automotores que tem sua matriz na rua Professor Abeylard, 161, Centro, telefone 31 3026-1620.
