AMCE suspende credencial de Diogo Medeiros, que apelou com o Hulk depois do segundo gol

por Chico Maia

Diogo Medeiros em ação no Canal Cruzeiro Sports, em foto reproduzida do YouTube

Quem nunca se excedeu em alguma coisa na vida que “atire a primeira pedra”. Diogo Medeiros, um dos pioneiros, mais divertidos e corajosos donos de canais digitais em nosso futebol, não aguentou depois do segundo gol do Hulk e mandou ver: “Vai tomar no c… Hulk! Filho da p… Mandando beijinho para a torcida do Cruzeiro e colocando a mão no ouvido. Se ninguém fala, eu falo. Tá doido, folgado. Pode comemorar, mas não vem tirar onda, não, rapaz”!

Como o Galo ganhou, os atleticanos morreram de rir e viralizaram o desabafo e xingamentos nas redes.

Mas, o Diogo estava trabalhando, devidamente credenciado pela AMCE – Associação Mineira de Cronistas Esportivos -, que tem regras a serem seguidas pelos seus associados.

No domingo mesmo, de cabeça fria, o Diogo sentiu que tinha exagerado e pediu desculpas: “De forma sincera, venho aqui pedir desculpas. No final do jogo, fiz alguns comentários inadequados sobre o Hulk. Reconheço que errei. Houve provocações de ambos os lados, e eu estava irritado. Revendo o vídeo, percebi que minha atitude não foi correta. Peço desculpas. Levo a rivalidade na esportividade”.

Mas, a repercussão das expressões usadas foi enorme e ontem, em carta assinada pelo presidente Luiz Carlos Gomes, a entidade suspendeu todo futuro credenciamento do dono do canal Cruzeiro Sports (YouTube) nos próximos jogos e o chamou para reunião na próxima quinta-feira para tratar do assunto.

Diogo Medeiros tem tradição “sangue azul”, raiz. É neto do saudosíssimo Aldair Pinto, um dos maiores comunicadores do rádio brasileiro, com quem tive o privilégio e honra de trabalhar na Rádio Capital, no início da emissora em Minas, em 1979.

Aldair é um dos autores do hino do Cruzeiro, fundador da charanga, criada para enfrentar a do Júlio nas arquibancadas do Mineirão nos anos 1960/1970. Um dos maiores cruzeirenses da história.

A carta da AMCE, assinada pelo presidente Luiz Carlos Gomes e pelo diretor Mário Brito