Desemprego no Brasil cai para 6,2% no fim de 2024, menor taxa da série histórica

A taxa de desemprego no Brasil fechou o último trimestre de 2024 em 6,2%, o menor nível já registrado na série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O resultado foi impulsionado pelo crescimento do setor de serviços, especialmente no comércio e reparação de veículos (+543 mil trabalhadores), transporte, armazenagem e correio (+296 mil), além dos segmentos de alojamento e alimentação (+230 mil) e informação e comunicação.

Outro fator determinante foi o número recorde de trabalhadores com carteira assinada, refletindo um mercado de trabalho mais aquecido e formalizado. O IBGE destaca que o cenário pode indicar maior estabilidade econômica e recuperação do emprego no país.

Como ficou o desemprego
Brasil fechou 2024 com a menor desocupação da história para meses de dezembro. A taxa de 6,2% é 0,1 ponto percentual superior à apurada para o trimestre encerrado em novembro, quando foi registrada a menor taxa de desemprego de toda a série. No mesmo período do ano anterior, a busca sem sucesso por uma colocação afetava 7,4% da população nacional.

Média anual da desocupação no Brasil ficou em 6,6%, segundo o IBGE. O percentual corresponde ao menor valor para um ano desde o início das coletas da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios). Até então, a menor taxa da série havia sido apurada em 2014 (7%).

Cerca de 6,8 milhões ainda buscam por uma vaga de trabalho. O número de pessoas que não tinham trabalho e procuraram por uma colocação é o menor para o período desde 2014 (6,55 milhões). No ano passado, 8 milhões buscavam por uma colocação entre outubro e dezembro.

Trabalhadores com carteira assinada alcançam novo recorde. Assim como observado nos meses anteriores, dezembro renova o maior número de profissionais formais, com 39,2 milhões de empregados celetistas. Em dezembro de 2023, eram 38 milhões na situação.

Total de ocupados também atinge maior patamar em 12 anos. A população ocupada média de 2024 foi de 103,3 milhões de pessoas, resultado 2,6% superior ao apurado em 2023 (100,7 milhões) e 15,2% acima de 2012 (89,7 milhões). Resultados mantêm sequência positiva do mercado de trabalho após recuperação das perdas da pandemia, afirma Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

O que é a Pnad Contínua
Divulgado desde 2012, o estudo do IBGE abrange todo o território nacional. Em suas coletas, a pesquisa avalia indicadores relacionados à força de trabalho entre a população com 14 anos ou mais. O grupo é aquele que integra a População Economicamente Ativa do país. Os indicadores utilizam as informações dos últimos três meses para a pesquisa.